IGREJA NA AMÉRICA CONTRA POBREZA, VIOLÊNCIA E CORRUPÇÃO
Cidade do Vaticano, 30 nov (RV) - A Sala de Imprensa da Sala Sé comunicou,
nesta segunda-feira, numa nota que a situação eclesial e social no continente americano
foi abordada na 14ª Reunião do Conselho Especial para a América da secretaria geral
do Sínodo dos Bispos, concluída recentemente, no Vaticano.
Tráfico de drogas,
lavagem de dinheiro, corrupção, violência, tráfico de armas, discriminação racial,
dívida externa, desigualdades sociais e destruição da natureza são problemas que afligem
a América Latina e preocupam os bispos que abordaram tais temáticas durante a reunião.
O
encontro contou com a participação de bispos provenientes do Canadá, México, Honduras,
Venezuela, Argentina, Bolívia, Brasil e Guatemala. "O fenômeno da corrupção é muito
difundido e a Igreja apoia os esforços das autoridades civis que procuram combater
tal fenômeno" – ressalta a nota da Santa Sé.
"Além disso, a Igreja se dispõe
a desarraigar este mal da sociedade civil com uma adequada educação dos fiéis, com
uma maior presença de leigos cristãos qualificados na política que promovam valores
como a verdade, a honestidade e o serviço em prol do bem comum" – lê-se ainda no texto.
Os
bispos estão preocupados com o tráfico de drogas, no continente americano, com a facilidade
de circulação de armas até mesmo as mais sofisticadas utilizadas pelas organizações
criminosas, que causam instabilidade e constituem uma ameaça para a paz.
Segundo
os prelados é preciso que se levante uma voz profética que denuncie o escândalo do
tráfico de armas e de drogas que gera ingentes somas de dinheiro e investir no combate
à miséria e na promoção ao desenvolvimento.
Sobre o fenômeno da imigração
para a América do Norte os bispos recordam que os imigrantes levam consigo um patrimônio
cultural e religioso rico de elementos cristãos.
Entre os sinais de esperança
foram mencionadas a grande Missão Continental, em andamento nos países da América
Latina, as iniciativas pastorais e de promoção humana da Igreja.
Os bispos
finalizam, exortando a promover uma cultura de solidariedade que promova iniciativas
de apoio aos pobres e marginalizados, sobretudo aos refugiados. (MJ)