Pequim 27 nov (RV) – A corte de Linfen (Shanxi) condenou na quarta-feira cinco
líderes protestantes a penas de três a sete anos de prisão por “ocupação ilegal de
terreno” e a polícia está pronta para demolir o edifício que é usado como igreja.
Entretanto, em Tianjin, sete religiosas estão internadas no hospital depois de cinco
dias de jejum para deter a expropriação de uma construção por parte do governo da
cidade.
Os cinco condenados a Linfen são: Yang Rongli, Wang Xiaoguang, Cui
Jiaxing, Zhang Huamei, and Yang Xuan. Todos foram condenados por “ocupação ilegal
de terreno” e por “perturbação da ordem pública com a realização de um encontro”.
Yang
Rongli e Zhang Huamei, duas mulheres, foram condenadas respectivamente a 7 e a 4 anos.
Os outros três, entre os quais o pastor Wang Xiaoguang, receberam condenações entre
3 e 4 anos.
Os cinco são líderes de uma igreja local protestante de Linfen,
que reúne 60 mil fiéis.
A perseguição contra a comunidade de Linfen é mais
um ato de uma campanha que há anos contra as comunidades protestantes clandestinas
que, segundo as estimativas mais sóbrias, reúnem mais de 50 milhões de fiéis. A campanha
prevê a absorção das comunidades no Movimento das três autonomias, que reúne as comunidades
protestantes oficiais e controladas pelo governo, ou a sua supressão.
Já o
caso das irmãs de Tianjin é ao invés, mais um caso de expropriação contra a Igreja
Católica. Segundo a agência Ucan, nos últimos dias 20 irmãs da Caridade continuam
uma greve de fome e de sede para reaver o edifício que pertence à Igreja e que o governo
vendeu para privados.
O edifício encontra-se no centro da cidade e é uma das
construções mais antigas de Tianjin. Chama-se “Casa da caridade” e na sua origem era
um orfanato. Em 1950 foi requisitado pelo Partido Comunista. Segundo a lei chinesa,
após ter sido usado para fins “populares”, deveria retornar aos legítimos proprietários.
(SP)