Cidade do Vaticano, 26 nov (RV) - A Federação mundial dos cientistas, presidida
pelo físico Antonino Zichichi, da qual fazem parte 130 Prêmios Nobel, decidiu premiar
“A Ciência a serviço da paz”, no espírito do Manifesto promovido pelo Centro de cultura
científica “Ettore Majorana” da cidade italiana de Erice, em 1982, assinado por mais
de 10 mil cientistas de todo o mundo.
A cerimônia de premiação dos seis cientistas
aos quais foram entregues o prestigioso reconhecimento (a bióloga Ada Yonath, Nobel
da Química 2009, os químicos Herbert Aaron Hauptman e Robert Huber, os biólogos David
Hunter Hubel e Honglie Sun, o bio-químico Bengt Ingemar Samuelsson) realizou-se ontem
de manhã no Vaticano, na abertura do Simpósio sobre o tema: “A ciência na cultura
do terceiro milênio”, na presença do chanceler da Pontifícia Academia das Ciências.
Passados
20 anos da queda do muro de Berlim, “o inimigo número um da paz no mundo é o segredo
técnico-científico”, disse Zichichi, que preside os trabalhos. “Até quando existirão
laboratórios secretos, a corrida às armas será inevitável”. Em um recente encontro
bilateral entre Itália e Israel, Erice foi escolhida como sede dos colóquios de paz
entre israelenses e palestinos. (SP)