Mostrar o verdadeiro rosto de Deus, na mensagem do Papa á plenária da Congregação
para a Evangelização dos povos
(17/11/2009) Por ocasião da assembleia plenária da Congregação para a Evangelização
dos Povos, organismo do Vaticano encarregado do serviço à Igreja no âmbito da missão
ad gentes , Bento XVI enviou uma mensagem ao cardeal indiano Ivan Dias, Prefeito
desta Congregação O tema do encontro é “São Paulo e os novos areópagos”, que à
luz do Ano Paulino concluído recentemente , ajuda a reviver a experiência do Apostolo
dos Gentios em Atenas, anunciando o Evangelho com uma linguagem que poderia hoje ser
definida como ‘inculturada’. “Esta referência representa um convite a valorizarmos
os areópagos de hoje e enfrentarmos os grandes desafios da evangelização” – escreve
o Papa, lembrando o necessário realismo, baseado no espírito de fé, na análise do
tema e de seus contornos sociais. Neste sentido, Bento XVI convida os participantes
na Plenária a olhar aos novos areópagos considerando a globalização, pois enquanto
alguns se difundiram, outros são específicos de certos continentes. “A actividade
missionária da Igreja deve ser direccionada aos centros nevrálgicos da sociedade
do terceiro milénio” – escreve. “Assim como noutras épocas de mudanças, a prioridade
pastoral é apresentar o verdadeiro rosto de Cristo. Para isso, todas as comunidades
e a Igreja inteira devem oferecer o seu testemunho de fidelidade a Ele, construindo
a unidade, antes de mais. Com a unidade, a evangelização e o confronto com as dificuldades
sociais e religiosas de hoje serão mais fáceis” – frisou o pontífice. A mensagem
encerra-se com uma referencia à encíclica Caritas in veritate: “O desenvolvimento
implica atenção à vida espiritual, uma séria consideração das experiências de confiança
em Deus, de fraternidade espiritual em Cristo, de entrega à providência e à misericórdia
divina, de amor e de perdão, de renúncia a si mesmo, de acolhimento do próximo, de
justiça e de paz... O anseio do cristão é que toda a família humana possa invocar
a Deus como o ‘Pai nosso’”.