2009-11-17 19:41:41

CONVERTER CORAÇÕES PARA DERROTAR FOME: MONS. GANDOLFO COMENTA DISCURSO DO PAPA NA FAO


Cidade do Vaticano, 17 nov (RV) - Reconhecer o "valor transcendental" de todo homem "permanece sendo o primeiro passo para favorecer aquela conversão do coração que pode sustentar o compromisso a erradicar a miséria": é uma das passagens centrais do discurso de Bento XVI feito nesta segunda-feira em Roma, na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), por ocasião da Cúpula mundial sobre a segurança alimentar.

O Santo Padre afirmou também, com firmeza, que "há alimento para todos", que é o egoísmo que produz a miséria. Portanto, é preciso mudar os estilos de vida, como, aliás, o pontífice pede também em sua encíclica Caritas in veritate.

A esse propósito, eis o que nos disse o responsável do Serviço da Conferência Episcopal Italiana para as iniciativas caritativas em favor do Terceiro Mundo, Mons. Giovanni Battista Gandolfo, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Mons. Giovanni Battista Gandolfo:- "Creio que um dos primeiros pontos da vida cristã seja justamente mudar o atual estilo de vida, mesmo porque hoje temos pouco respeito pelos verdadeiros valores da existência. Uma dessas situações diz respeito exatamente à relação com os homens que sofrem a fome. Portanto, se não mudarmos estilo de vida não poderemos ir ao encontro dessas pessoas: muito se falará – serão ditas palavras bonitas como se fez até agora – mas o pontífice intervém para indicar que, efetivamente, existem possibilidades para acabar com a fome e que essas possibilidades não são utilizadas."

P. Os homens pertencem a uma única família, disse o papa em seu discurso. Portanto, uma pessoa que morre de fome interpela cada um de nós. De que modo a Igreja pode promover esse espírito de solidariedade, de comunhão?

Mons. Giovanni Battista Gandolfo:- "A Igreja sempre buscou ir ao encontro das necessidades das pessoas. Para que se vá realmente ao encontro dessas necessidades é necessário retornar aos valores transcendentais da pessoa e, ao mesmo tempo, buscar dar à pessoa não somente uma ajuda, mas expressar essa ajuda e essa solidariedade mediante projetos, educando as pessoas para que não sejam somente tiradas da situação de fome, mas para que se tornem elas mesmas protagonistas de sua luta contra a fome." (RL)







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