PAPA AOS MISSIONÁRIOS: "MOSTRAR O VERDADEIRO ROSTO DE DEUS"
Cidade do Vaticano, 16 nov (RV) - O papa enviou esta manhã uma mensagem ao
cardeal indiano Ivan Dias, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos,
organismo do Vaticano encarregado do serviço à Igreja no âmbito da missão ad gentes.
Seus membros estão reunidos na Assembleia Plenária anual, a partir de hoje, na Pontifícia
Universidade Urbaniana.
O tema do encontro é “São Paulo e os novos areópagos”,
que à luz do Ano Paulino recém-terminado, ajuda a reviver a experiência do Apostolo
dos Gentios em Atenas, anunciando o Evangelho com uma linguagem que poderia hoje ser
definida como ‘inculturada’.
“Esta referência representa um convite a valorizarmos
os areópagos de hoje e enfrentarmos os grandes desafios da evangelização” – escreve
o papa, lembrando o necessário realismo, baseado no espírito de fé, na análise do
tema e de seus contornos sociais.
Neste sentido, Bento XVI chamou os participantes
da Plenária a olhar aos novos areópagos considerando a globalização, pois enquanto
alguns se difundiram, outros são específicos de certos continentes. “A atividade missionária
da Igreja deve ser direcionada aos centros nevrálgicos da sociedade do terceiro milênio”
– escreve.
“Assim como em outras épocas de mudanças, a prioridade pastoral
é apresentar o verdadeiro rosto de Cristo. Para isto, todas as comunidades e a Igreja
inteira devem oferecer seu testemunho de fidelidade a Ele, construindo a unidade,
antes de tudo. Com a unidade, a evangelização e o confronto com as dificuldades sociais
e religiosas de hoje serão mais fáceis” – frisou o pontífice.
A mensagem encerra-se
com uma evocação à encíclica Caritas in veritate: “O desenvolvimento implica
atenção à vida espiritual, uma séria consideração das experiências de confiança em
Deus, de fraternidade espiritual em Cristo, de entrega à providência e à misericórdia
divina, de amor e de perdão, de renúncia a si mesmo, de acolhimento do próximo, de
justiça e de paz... O anseio do cristão é que toda a família humana possa invocar
a Deus como o ‘Pai nosso’”. (CM)