PAPA NO ANGELUS: A PALAVRA DE AMOR DE DEUS PERMANECE
Cidade do Vaticano, 15 nov (RV) – A palavra de amor de Deus permanece: sobre
esta certeza, Bento XVI dedicou o Angelus deste domingo, na Praça S. Pedro, na presença
de milhares de fiéis e peregrinos provenientes de todo o mundo.
Recordando
que estamos nas últimas duas semanas do ano litúrgico, o papa agradeceu ao Senhor
a possibilidade de realizar, mais uma vez, este caminho de fé – antigo e sempre novo
– na família espiritual da Igreja. Trata-se de um dom inestimável, afirmou o pontífice,
que nos permite viver na história o mistério de Cristo.
No itinerário de leituras
bíblicas dominicais, nos acompanhou o Evangelho de São Marcos, que hoje apresenta
uma parte do discurso de Jesus sobre o final dos tempos. Sobre este discurso, Bento
XVI comentou uma frase que, segundo ele, impressiona por sua clareza sintética: "O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mc 13,31).
A
Sagrada Escritura não conhece ambiguidade – explicou. Toda a criação é marcada pela
finitude: céu (entendido em sentido cósmico) e terra indicam todo o universo.
Ao
dizer que suas palavras não passarão, Jesus afirma que estão da parte de Deus e, por
isso, são eternas. "Mesmo pronunciadas na concretude da sua existência terrena, são
palavras proféticas por excelência" – acrescentou o pontífice.
Quem as ouve
e as acolhe, vive sob seu senhorio. As palavras permanecem no mundo, mas não são mais
do mundo; trazem em si um germe de eternidade, um princípio de transformação que se
manifesta já agora em uma vida boa, animada pela caridade, e que, no final, produzirá
a ressurreição da carne.
Bento XVI concluiu pedindo que façamos nossa a resposta
de Maria ao Anjo: "'Faça-se em mim segundo a tua palavra', para que, seguindo Cristo
no caminho da cruz, possamos também nós alcançar a glória da ressurreição". (BF)