2009-11-13 13:00:57

O testemunho da caridade de Cristo através de obras de justiça, paz e desenvolvimento faz parte da evangelização: Bento XVI aos participantes na Assembleia plenária do Conselho Pontifício Cor Unum


(13/11/2009) O Santo Padre recebeu em audiência os membros da assembleia plenária do conselho pontifício Cor Unum que debate o tema “percursos de formação para os agentes da caridade.
No seu discurso Bento XVI referiu-se a dois eventos eclesiais deste ano que puseram em realce o anuncio do Evangelho e a atenção ao coração do homem e ao ambiente onde vive: a publicação da Encíclica Caritas in veritate e a celebração da assembleia especial para a África do sínodo dos bispos sobre a reconciliação, a justiça e a paz.
“Em perspectivas diferentes mas convergentes, evidenciaram como a Igreja, no seu anuncio salvífico, não pode prescindir das condições concretas de vida dos homens, aos quais é enviada. O agir para as melhorar concerne a sua própria vida e a sua missão pois que a salvação de Cristo é integral e diz respeito ao homem em todas as suas dimensões: física, espiritual, social e cultural, terrena e celeste.
Bento XVI salientou depois que foi desta consciência que durante os séculos nasceram muitas obras e estruturas eclesiais finalizadas á promoção das pessoas e dos povos, que deram e continuam a dar um contributo insubstituível para o crescimento, o desenvolvimento harmonioso e integral do ser humano. E a este propósito o Papa citou uma passagem da sua Encíclica Caritas in veritate: O testemunho da caridade de Cristo através de obras de justiça, paz e desenvolvimento faz parte da evangelização, pois a Jesus Cristo, que nos ama, interessa o homem inteiro.
Nesta óptica –acrescentou – deve ser considerado o empenho da Igreja a favor do desenvolvimento de uma sociedade mais justa, na qual sejam reconhecidos e respeitados todos os direitos dos indivíduos e dos povos.
Bento XVI salientou depois que não toca certamente á Igreja intervir directamente na politica dos Estados, mas a comunidade cristã não pode e não deve permanecer á margem da defesa dos direitos humanos e da promoção da justiça.
“A fé é uma força espiritual que purifica a razão na procura de uma ordem justa, libertando-a do risco sempre presente de ser enganada pelo egoísmo, pelo interesse pessoal e pelo poder. Na verdade, como a experiencia demonstra , também nas sociedades mais evoluídas do ponto de vista social, a caritas permanece necessária: o serviço do amor nunca se torne supérfluo, porque permanecem situações de sofrimento, de solidão, de necessidade, que exigem dedicação pessoal e ajudas concretas.
Quando oferece uma atenção amorosa ao homem, a Igreja sente pulsar em si mesma a plenitude de amor suscitada pelo Espírito Santo, o qual, no momento em que ajuda o homem a libertar-se das opressões materiais, assegura alimento e amparo á alma, libertando-a dos males que a afligem. Fonte deste amor é o próprio Deus, infinita misericórdia e amor eterno. Todos aqueles que prestam o seu serviço no âmbito de organismo eclesiais que têm a seu cargo a gestão de iniciativas e obras de caridade - salientou depois Bento XVI - não podem deixar de ter este objectivo principal: fazer conhecer e experimentar o Rosto misericordioso do Pai celeste, pois que no coração de Deus Amor, se encontra a resposta verdadeira ás expectativas mais intimas de cada coração humano.
 







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