NÚNCIO EM SRI LANKA: COMUNIDADE INTERNACIONAL AJUDE NA RECONSTRUÇÃO
Colombo, 11 nov (RV) - Nesta quarta-feira, ao término da audiência geral, Bento
XVI fez um apelo em favor dos refugiados de guerra do Sri Lanka, a fim de que a comunidade
internacional busque socorrê-los e as autoridades do país encontrem rapidamente uma
solução favorável à paz. Sobre a difícil situação humanitária e política do Sri Lanka,
eis o que nos disse o núncio apostólico em Colombo, Dom Joseph Spiteri, a quem pedimos
um comentário à luz do apelo de Bento XVI:
Dom Joseph Spiteri:- "Este
apelo toca dois pontos muito importantes: de um lado, a questão do retorno dos refugiados
de guerra, que são ainda mais de 160 mil e permanecem nos campos há alguns anos, e,
de outro, a questão de uma solução mais duradoura do conflito, que beneficiará todo
o país."
P. A República Democrática Socialista do Sri Lanka saiu há pouco
de um conflito extremamente sangrento. Qual é a situação em que se encontra vivendo
hoje?
Dom Joseph Spiteri:- "A última fase do conflito dizia respeito
a somente uma região do norte. Agora já existe a possibilidade de viajar em quase
todo o país. Também se vê a reconstrução das novas infraestruturas. O problema agora
diz respeito ao emprego, a questão é encontrar trabalho."
P. Em seu apelo,
Bento XVI também fez votos de que a comunidade internacional intervenha de modo mais
concreto para ajudar o país tanto do ponto de vista humanitário quanto econômico...
Dom
Joseph Spiteri:- "A comunidade internacional deve intervir, "em primeiro lugar,
no âmbito da reconstrução, e depois ajudar esses refugiados, permitindo-lhes voltar
a suas casas, que foram destruídas: é preciso um grande empenho. Em alguns casos,
é necessária a reconstrução de inteiros vilarejos. Porém, o país precisa também de
apoio econômico para buscar ajudar as poucas indústrias que vivem graças à exportação.
Ademais, a comunidade internacional deveria continuar apoiando e defendendo o diálogo
entre todas as comunidades, também para buscar encontrar soluções segundo a cultura
e as tradições locais, mas sempre no respeito pela plena democracia e pelos direitos
de todos os cidadãos. Também o presidente insistiu muito sobre o fato que todos os
cidadãos devem se sentir cidadãos plenamente e, portanto, com todos os seus direitos.
É necessário ajudar as diversas comunidades a entabular um diálogo mais profundo com
a comunidade internacional, também com a participação da diáspora dessas comunidades
que vivem no exterior." (RL)