REPATRIADOS ANGOLANOS NA PAUTA DO CONGRESSO SOBRE MIGRAÇÕES
Cidade do Vaticano, 10 nov (RV) - A questão dos angolanos repatriados à força
pela República Democrática do Congo estará na pauta do sexto congresso internacional
das migrações, que se realiza no Vaticano de 9 a 12 de novembro.
O problema
será apresentado pela Comissão para os Migrantes da Conferência Episcopal de Angola
e São Tomé e Príncipe, que participa através de sua coordenadora, Irmã Maria Edir.
O congresso é organizado pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes
e os Itinerantes e se propõe atualizar a resposta pastoral da Igreja Católica ao fenômeno
das migrações na época da globalização.
A religiosa espera que a conferência
dê um novo impulso "à aceitação e ao respeito pelas outras culturas, das quais os
migrantes são portadores".
A situação dos repatriados angolanos continua dramática.
"As condições de vida dos deslocados nas províncias de fronteira em Angola são extremamente
difíceis" – afirma um funcionário do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR),
que destaca que a maior parte dos que foram expulsos tinha o status de refugiado na
República Democrática do Congo.
Há semanas, as relações entre Angola e a RDC
são tensas por causa das recíprocas expulsões de cidadãos nos dois países. O motivo
da divergência é a repartição dos recursos petrolíferos de uma área comum no Oceano
Atlântico. (BF)