Lançado plano de acção mundial para combater a pneumonia
(6/11/2009) A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para
a infância (UNICEF) lançaram um plano de acção mundial para combater a pneumonia,
com o objectivo de salvar 5,3 milhões de vidas até 2015. Se não se fizer nada,
a pneumonia continuará matar todos os anos 1,8 milhões de crianças com menos de cinco
anos, ou seja 20% dos nove milhões com menos de cinco anos que morrem anualmente no
mundo, advertiram a OMS e a UNICEF, que querem ajudar aos países mais pobres a reforçar
a sua política de prevenção, protecção e tratamento da doença. A pneumonia vitima
anualmente 1,8 milhões dos 155 milhões de crianças com menos de cinco anos que contraem
a doença. Mais do que o VIH/sida, o paludismo e o sarampo juntos. Representa 17% a
20% de todas as mortes entre os mais novos, havendo países onde a situação é extrema:
no Afeganistão e em Angola, a doença é responsável por 32,7% e 30% da mortalidade
até aos cinco anos. Sabe-se ainda que 98% das mortes por pneumonia ocorrem em 68
países em desenvolvimento. Isto numa doença que é possível prevenir com vacinação
e melhores nutrição e condições ambientais. E que se pode tratar a muito baixo custo.
Pouco mais de 400 milhões de euros bastariam para tratar todas as crianças atingidas,
dos quais 135 milhões seriam suficientes para tratamentos no Sul da Ásia e na África
Subsaariana, que reúnem 85% das mortes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
a prevenção e o tratamento eficazes salvariam mais de um milhão de crianças por ano
e só o tratamento adequado - a que menos de 20% dos doentes têm acesso - evitaria
600 mil mortes. Perante estes números, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) resolveram relançar o plano de acção mundial contra a pneumonia,
criado em 2007. Para lá da vacinação e do tratamento de milhões de crianças, o
programa pretende actuar sobre factores de risco - a prevenção do baixo peso à nascença,
o incentivo a uma alimentação geradora de defesas naturais (que passa pela amamentação
exclusiva até aos seis meses) e a luta contra a poluição do ar das habitações (fornecendo
fornos limpos, uma vez que um dos factores de risco é o uso de biomassa - madeira
ou esterco - para fogueiras).