Cidade do Vaticano, 05 nov (RV) - No altar da Cátedra da Basílica de São Pedro,
Bento XVI presidiu esta manhã uma Santa Missa em memória dos cardeais e bispos falecidos
no último ano. Falando do conceito do fim de nossas vidas terrenas, o pontífice recordou
que a dissolução do cenário deste mundo é inevitável, mas em compensação, recebemos
a promessa de uma herança que não se corrompe, não se mancha e não se deteriora.
“A
vida é uma espera contínua e atenta, uma peregrinação rumo à vida eterna, o cumprimento
final que dá sentido e plenitude ao nosso caminho terreno. Misteriosamente associados
à paixão de Cristo, podemos fazer da nossa existência uma oferta apreciada pelo Senhor,
um sacrifício voluntário de amor”.
“Afinal – explicou o papa na homilia – nós
estamos neste mundo de passagem”.
O papa lembrou os cardeais e os numerosos
arcebispos e bispos que nos deixaram durante este ano:
“Nós os recordamos
com carinho e agradecemos a Deus pelo bem que eles fizeram. Nestes venerados nossos
irmãos, reconhecemos os servos citados na parábola evangélica: servos fiéis cujo patrão,
ao retornar das núpcias, encontrou despertos e prontos; pastores que serviram a Igreja
assegurando ao rebanho de Cristo os cuidados necessários; testemunhas do Evangelho,
com diferentes dons e tarefas, demonstraram prudência e dedicação à causa do Reino
de Deus”. “Bem sabemos, já que o vivemos no nosso caminho cotidiano, que são muitos
os problemas e as dificuldades desta vida; há situações de sofrimento de dor, momentos
que nos são difíceis de aceitar e compreender. Tudo isso – frisou Bento XVI – adquire
valor e significado quando é considerado na perspectiva da eternidade”.
O
papa concluiu a homilia afirmando que “toda provação, quando acolhida com paciência
e perseverança, e oferecida ao Reino de Deus, retorna a nós como uma vantagem espiritual
terrena, e principalmente, na nosso vida futura, no Céu”. (CM)