A unidade entre os Estados da Europa deve basear-se nos valores herdados do cristianismo,
do respeito e da solidariedade.
(31/10/2009) A queda do muro de Berlim que há 20 anos permitiu á Bulgária empreender
um percurso democrático completado há dois anos com a entrada na União Europeia, não
deve fazer esquecer que a unidade entre os Estados do continente deve basear-se nos
valores herdados do cristianismo, do respeito e da solidariedade. Foi o que reafirmou
na manhã deste Sábado, Bento XVI recebendo no Vaticano o novo Embaixador da Bulgária
junto da Santa Sé para a apresentação das Cartas Credenciais. No seu discurso o
Papa salientou que no processo de construção europeia cada nação não deve sacrificar
a própria identidade cultural, mas sim encontrar a maneira de enriquecer a inteira
comunidade com tal identidade. No caso da Bulgária existe uma antiga herança cristã
que se deve gastar no presente e no futuro. Um tesouro de valores e convicções que
deve levar a Bulgária, assim como os outros estados europeus a criar condições para
uma globalização bem realizada também fora das fronteiras continentais. Para que ela
possa ser vivida positivamente - salientou Bento XVI- é necessário que ela sirva o
homem inteiro e todos os homens. É este principio que ele quis sublinhar com força
recentemente na EncíclicaCaritas in veritate. É essencial que o
desenvolvimento legitimamente procurado não seja apenas económico, mas que tenha
em conta a pessoa humana inteira. A medida do homem – recordou o Papa – não reside
nos seus bens, mas no desenvolvimento do seu ser segundo as potencialidade que a natureza
esconde. Neste sentido – prosseguiu Bento XVI – para que o desenvolvimento do homem
e da sociedade seja autentico, deve necessariamente incluir uma dimensão espiritual
e ética, que se traduz no assumir da parte de todos os funcionários públicos, um grande
empenho moral, para que a gestão da autoridade que lhes é confiada seja feita de maneira
eficaz e desinteressada.