A situação humanitária dos repatriados em Angola, entre alivio e precariedade
(31/10/2009) Em Angola a situação humanitária levantada pelo repatriamento forçado
da República Democrática do Congo está controlada, mas continua a requerer cuidados
de emergência, segundo prelado de Diocese fronteiriça. O Bispo de Mbanza-Congo,
Dom Vicente Kiaziku, sustentou esta avaliação condicionando-a sobretudo à paragem
do fluxo de novas chegadas. «De uma maneira geral, a situação está sob controlo,
isto é, o governo consegue controlar na medida em que concede uma alimentação, consegue
fazer um registo, consegue encaminhar as pessoas para as terras de origem, consegue
dar também uma assistência médica medicamentosa», declarou aos microfones da Rádio
Ecclesia. Todavia, ressalva, «claramente é sempre uma situação difícil; é situação
de extrema pobreza e a gente claramente sofre.» Dom Vicente salientou, também,
a necessidade de encaminhamento célere dos repatriados para as respectivas zonas de
origem, para que não se aglomerem na capital provincial. -A directora
administrativa da Caritas de Angola, Sabina Julieta, enfatiza o imperativo de manter
os socorros de emergência. Inquieta-a particularmente o período chuvoso que começou.
Necessidades básicas e urgentíssimas são neste contexto tendas, cobertores, comidas,
panelas e medicamentos, disse.