2009-10-30 12:01:47

LÍDERES CRISTÃOS DE ZIMBÁBUE PEDEM FIM DA TENSÃO POLÍTICA


Harare, 30 out (RV) - Zimbábue pode viver uma nova onda de violência depois do rompimento das relações entre o primeiro-ministro, Morgan Tsvangirai, e o presidente, Robert Mugabe. É o que afirmam as principais confissões cristãs do país, em comunicado divulgado pela Aliança Cristã de Zimbábue, da qual fazem parte católicos, anglicanos, evangélicos e pentecostais.

"Nós, da Aliança Cristã de Zimbábue, recebemos com inquietude a notícia da disputa entre o Movimento para a mudança democrática (MDC, o partido de Tsvangirai) e a União nacional africana do Zimbábue-Fronte patriótico (ZANU-PF, o partido de Mugabe). Tememos que isso possa ser o sinal de uma primeira etapa a caminho da desintegração e da falência do governo de união nacional. Estamos preocupados com o fato de que a queda do governo possa desencadear uma violência generalizada no país, que terá um impacto negativo na região" – afirma o comunicado.

O governo de unidade nacional foi constituído em fevereiro de 2009, depois de um longo confronto político que acabou muitas vezes em violência entre o presidente Mugabe e o principal expoente da oposição, Tsvangirai. Este último contestava a vitória de Mugabe no primeiro turno das eleições presidenciais de março de 2008.

Graças à mediação da Comunidade Econômica dos Estados da África Austral (SADC), chegou-se a um acordo para a partilha do poder entre os dois líderes e a formação de um governo de união nacional.

Depois de meses de convivência difícil, em 16 de outubro o Movimento para a mudança democrática anunciou o boicote parcial das atividades do governo, acusando o partido do presidente "de ser um parceiro não confiável e desonesto". Desde então os ministros de Tsvangirai boicotam as reuniões do governo. Um encontro recente entre Mugabe e Tsvangirai não levou a um esclarecimento, e a tensão continua a aumentar no país.
(BF)







All the contents on this site are copyrighted ©.