Cidade do Vaticano, 29 out (RV) - Bento XVI recebeu esta manhã no Vaticano
os participantes da Assembleia Plenária do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais,
encontro que se iniciou segunda-feira, 26 de outubro sob a direção do arcebispo Claudio
Maria Celli, Presidente do Conselho.
“A Igreja está cada vez mais consciente
da modernização das tecnologias e de suas conseqüências nos meios de comunicação,
como a rapidez, a persuasão e a participação de todos no processo de difusão das notícias”
– disse o papa lembrando que a Igreja segue há tempos esta evolução.
Bento
XVI recordou que as grandes mudanças sociais dos últimos vinte anos promoveram na
Igreja uma grande sensibilização, e estes temas continuam ainda hoje a suscitar uma
análise sobre a presença e a ação da Igreja neste campo. Nesse sentido, Bento XVI
pediu aos trabalhadores dos meios de comunicação, especialmente católicos, o "respeito
pela dignidade e o valor da pessoa humana" e um "diálogo permeado na busca sincera
da verdade e da amizade, desenvolvendo os dons de cada um e colocando-os a serviço
da comunidade humana".
“Multiplicar o anúncio e integrá-lo a esta nova cultura”:
palavras de João Paulo II que Bento XVI repetiu hoje aos encarregados da comunicação
no Vaticano.
Chamada a anunciar o Evangelho aos homens do terceiro milênio
mantendo o seu conteúdo inalterado, a Igreja se confronta com novas formas de comunicar,
com novas linguagens, com técnicas e comportamentos psicológicos diversos.
“A
evolução atual do mundo da mídia requer que sejamos cada vez mais comunicativos, resumindo
as várias vozes ou colocando-as em recíproca conexão” – disse o pontífice, convidando
todos a analisar as dimensões deste fenômeno e seu aspecto antropológico.
A
seguir, Bento XVI recordou as funções do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais:
aprofundar todos os elementos da nova cultura da mídia e ser orientador e guia para
as Igrejas particulares que devem captar a importância da comunicação – ponto decisivo
de todo plano pastoral.
E aí também as novas tecnologias ajudam, desempenhando
uma ação de consulta, de partilha e de coordenação que incrementa a difusão da mensagem
e evita inúteis dispersões de energias e recursos.
Em relação aos fiéis, Bento
XVI disse que a necessária valorização das novas tecnologias mediáticas deve ser sustentada
por uma constante visão de fé, pois à parte o meio utilizado, a eficácia do anúncio
do Evangelho depende primeiramente da ação do Espírito Santo, que guia a Igreja e
o caminho da humanidade.
Antes de terminar seu discurso, o papa fez uma distinção
à Filmoteca do Vaticano, que está completando 50 anos. Criada pelo Bem-aventurado
João XXIII, possui um acervo de vídeos que ilustram a história da Igreja desde 1896
até os dias de hoje. (CM)