Cidade do Vaticano, 26 out (RV) – Bento XVI recebeu esta manhã, no Vaticano,
cerca de 400 docentes, estudantes e funcionários do Pontifício Instituto Bíblico,
por ocasião dos 100 anos de sua fundação. Estavam presentes na audiência, entre outros,
o prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, e
o prepósito-geral da Companhia de Jesus, Padre Adolfo Nicolás Pachón.
Em seu
discurso, o papa constatou o aumento do interesse pela Bíblia no decorrer deste século
e, graças ao Concílio Vaticano II, em especial à Constituição dogmática Dei Verbum,
compreendeu-se ainda mais a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da
Igreja.
A esta renovação, recordou o pontífice, o Instituto deu uma contribuição
significativa, com a pesquisa científica, com o ensinamento das disciplinas bíblicas
e a publicação de estudos e revistas especializadas. O papa citou também alguns docentes
ilustres, como o Cardeal Bea, que formou mais de sete mil professores de Sagrada Escritura.
A seguir, Bento XVI encorajou docentes e estudantes a prossiguirem neste caminho
com renovado empenho, conscientes do serviço à Igreja que lhes é pedido, ou seja,
de aproximar a Bíblia à vida do Povo de Deus, "para que saiba enfrentar de maneira
adequada os desafios inéditos que os tempos modernos põem à nova evangelização".
"Que
a Sagrada Escritura se torne neste mundo secularizado não somente a alma da teologia,
mas também a fonte da espiritualidade e do vigor da fé de todos os fiéis em Cristo."
Falando
da exegese e citando novamente a Dei Verbum, o papa recordou que cabe à Igreja,
nos seus organismos institucionais, a palavra decisiva na interpretação da Bíblia:
"É à Igreja, de fato, que é confiado o ofício de interpretar autenticamente a palavra
de Deus escrita e transmitida, exercitando a sua autoridade em nome de Jesus Cristo".
(BF)