Cidade do Vaticano, 24 out (RV) - O término do Sínodo dos Bispos para
a África, o último domingo do Mês das Missões e a festa de Santo Antônio Galvão, o
primeiro santo brasileiro, iluminados pelo trecho do Evangelho de Marcos, relacionado
ao cego Bartimeu, nos leva a refletir sobre a figura do intermediário.A figura de
Bartimeu explicita dois modos de se relacionar com a proposta de intermediação. O
primeiro grupo ouve os apelos do cego, mas rejeita a nobre missão de levá-lo até o
Messias. O segundo grupo atende ao Senhor e vai comunicar ao mendigo que o Mestre
o chama. O missionário, recebeu de Cristo e de sua Igreja a incumbência de levar
a todos a mensagem de que são amados por Deus e de fazê-los descobrir que Jesus Cristo
é a ponte desse relacionamento. Frei Antônio de Sant’Ana Galvão, exerceu essa
tarefa não apenas no Brasil do século XVIII, mas a continua até hoje, sendo expressivo
sinal do amor de Deus para com todos e levando a Ele as necessidades dos fiéis. Consciente
de sua missão junto aos batizados e a todos os homens, Bento XVI convocou o Sínodo
para a África. Durante aproximadamente um mês, os bispos africanos e seus assessores,
juntos com o Romano Pontífice refletiram sobre como fazer para que os africanos possuam
uma vida mais humana. Eles refletiram sobre as angústias, as carências, os problemas
em todos os âmbitos e agora lançam uma mensagem ao mundo, aos homens de boa vontade. As
igrejas, as instituições midiáticas, as pessoas de bem, todos possuem dentro de si
os olhos e os ouvidos da inteligência e do coração para perceberem o que seus próximos
precisam e serem intermediários. Basta a vontade política de se colocarem em ação.
(CA)