2009-10-23 16:53:14

UMA DELEGAÇÃO DE PADRES SINODAIS ENCONTRA-SE COM O MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS ITALIANO


Cooperação para o desenvolvimento, perseguições anti-cristãs e luta contra o tráfico de seres humanos, drogas e armas, mas também crises regionais, direitos humanos, reconciliação, justiça e paz. Estes foram os principais temas afrontados ontem de manhã no Ministério das Relações Exteriores italiano, durante o encontro entre uma delegação de Padres sinodais e o Ministro Franco Frattini. Durante este encontro com o responsável da Farnesina emergiram várias convergências, entre as quais a actuação de políticas que ponham no centro o ser humano evitando que os efeitos negativos da globalização atinjam sobretudo os mais fracos.
Depois do encontro, o Cardeal Francis Arinze, Presidente Delegado da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, comentou: “Foi uma coisa muito positiva o que o governo italiano fez, o que tenciona fazer, também motivando os Africanos para que eles sejam protagonistas do seu presente e do seu futuro, apreciando o valor da interdependência que, quando é aceita, se transforma em solidariedade. Nós acrescentámos que há âmbitos em que o governo poderia prestar mais atenção aos Africanos que são, na sua maioria, estudantes, para que durante a sua estadia não sejam obrigados a renovar os seus documentos de dois em dois anos. Além disso, a questão da emigração: cada país tem direito a ter as suas próprias leis, mas há muito sofrimento; quem não morre no deserto morre no mar Mediterrâneo. É preciso também promover o desenvolvimento e assim diminuirá a vontade de emigrar. Não se pode tirar a ninguém o direito a procurar uma vida mais digna num outro país”.O Ministro das Relações Exteriores Franco Frattini respondeu aos apelos da Igreja em África, antecipando algumas propostas relativas ao tema da emigração e da formação. Depois falou do empenho do governo italiano contra as perseguições religiosas e disse que chegou o momento em que a Europa deve assumir uma posição forte e clara: “Eu penso que a União Europeia deva antes que mais afirmar com força a sua vontade política de agir juntos dos governos onde se verificam estes episódios horríveis para lhes chamar a atenção. Em segundo lugar, deve verificar a situação da liberdade religiosa dos cristãos em muitas partes do mundo”. Durante o encontro falou-se do projecto de uma agência europeia para as pessoas que pedem asilo e para os refugiados. “É um projecto - explicou o Ministro - que prevê uma agência para o exame segundo procedimentos comuns dos pedidos de asilo que provêm de não-europeus que chegam a um país europeu, seja ele qual for: isto é, vai deixar de haver a diferença de critério que há hoje em dia, em que cada País tem as suas regras de avaliação, reconhece ou não reconhece segundo critérios não homogéneos, e os que serão reconhecidos terão o direito de circular livremente dentro do espaço europeu”.







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