2009-10-22 20:15:52

DOM MIGLIORE PEDE MAIS JUSTIÇA NAS RELAÇÕES COMERCIAIS COM A ÁFRICA


Nova Iorque, 22 out (RV) - "As condições do comércio internacional devem se adequar às necessidades e aos desafios econômicos que a África enfrenta": foi o que disse o observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, na 64ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova Iorque, sobre a necessidade de uma "Nova cooperação econômica para o desenvolvimento da África".

O representante vaticano sublinhou a necessidade de um maior compromisso em favor da realização de uma nova cooperação econômica e fez um apelo para que os preconceitos sejam banidos de uma vez por todas. "A África não é somente corrupção, golpes de Estado, conflitos regionais. A África demonstrou e demonstra também grande capacidade de gerir os processos de transição para independência ou de reconstrução depois dos conflitos" – frisou Dom Migliore.

Ele ressaltou ainda o papel da África na contribuição de pessoas qualificadas que trabalham nos organismos internacionais ou no âmbito científico, acadêmico e intelectual. "A África - ressaltou Dom Migliore - soube oferecer à comunidade internacional exemplos e valores dignos de admiração e hoje mostra sinais da realização de muitas de suas esperanças".

O representante vaticano sublinhou a necessita de uma maior solidariedade a fim de resolver os problemas que certamente não faltam no continente africano, ressaltando que não se deve permanecer somente no âmbito do assistencialismo, mas ajudar o continente africano a mostrar seu potencial.

Dom Migliore fez um apelo em prol do investimento na agricultura, na economia, e reiterou a necessidade de rever as condições do comércio internacional, criando oportunidades para os produtos africanos.

O arcebispo chamou a atenção para a pobreza em que vivem várias pessoas na África, ressaltando que a maior parte dos países africanos ainda está longe de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015, pois existem ainda muitas pessoas que vivem com menos de 1 dólar por dia.

O representante vaticano chamou a atenção para a função ativa que a União Africana pode desempenhar na cooperação com os organismos internacionais, "a fim de que o G20 signifique realmente abertura a novos equilíbrios internacionais; para que seja um forte ponto de referência para a economia mundial, mas sem criar novas exclusões para os países mais pobres" – concluiu Dom Migliore. (MJ)







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