Roma, 20 out (RV) – A Caritas in veritate “não quer propor uma utopia minimalista,
realizável por poucos”. A intenção do papa, ao contrário, é “globalizar a vida virtuosa”.
Foi o que disse o catedrático de Filosofia Social da Pontifícia Universidade Salesiana
de Roma, Padre Mario Toso, abrindo os trabalhos do Encontro Nacional Italiano dos
diretores dos escritórios de pastoral social promovido pela Conferência Episcopal
Italiana e que se realiza até o próximo dia 22 de outubro na cidade de Assis. O tema
do encontro é “O anúncio da verdade do amor de Cristo na sociedade”.
“Diante
das injustiças, guerras, fome e destruição sem medida dos recursos naturais – explicou
o relator detendo-se sobre a terceira encíclica de Bento XVI – não podemos nos resignar.
É necessário construir um mundo acolhedor e justo para todos”, através de “uma preparação
profissional que tenha coerência moral”. A proposta do papa é a de “um novo humanismo
integral”, solicitado “pelas problemáticas relativas à bioética, ao sentido último
da vida, sobre as quais o Estado não é competente; problemáticas pertinentes aos temas
da eutanásia, do aborto, da manipulação genética, das uniões de fato”. Nasce então
a necessidade de “apresentar o Cristianismo não como um reservatório de sentimentos
que não incide nas instituições e nas culturas, mas como uma religião que tem uma
dimensão pública e é fator de desenvolvimento”. (SP)