Neste terceiro domingo de Outubro, a Igreja celebra o Dia Mundial das Missões
Celebra-se neste domingo, pela 81ª vez, o Dia Mundial das Missões. Num passado não
muito distante considerava-se missionário aquele que deixava a pátria e ia para lugares
longínquos anunciar a Palavra de Deus. Com o Concílio Vaticano II, esse conceito foi
ampliado e passaram a ser considerados missionários também aqueles cristãos que, vivendo
nas cidades em que nasceram, num ambiente em que se conhece o Cristianismo, testemunham
com fidelidade e até mesmo audácia, a sua fé em Jesus Cristo e a sua adesão à Igreja
como local privilegiado de encontro com Deus e de conhecimento dos ensinamentos cristãos.
De
modo algum se deseja ignorar ou minimizar aqueles que anunciam a boa nova em lugares
pagãos e inóspitos, sofrendo muitas vezes perseguição como temos noticiado nos últimos
tempos. Ainda nestes dias ouvimos de um bispo africano, na sala do Sínodo, o relato
de sequestro e crucifixão de alguns cristãos.
Diz-nos São Paulo na Carta
aos Romanos 10, 14–15: “Mas como poderiam invocar aquele em quem não creram? E como
poderiam crer naquele que não ouviram? E como poderiam ouvir sem pregador? E como
podem pregar se não forem enviados? Conforme está escrito: Quão maravilhosos os pés
dos que anunciam boas notícias.” Portanto Jesus Cristo quis precisar de contribuição
dos cristãos para que seus próximos conheçam o Amor do Pai.
Os baptizados
são enviados por Deus a anunciar a todos o Evangelho de Jesus, não necessariamente
através da pregação da palavra, mas certamente através da pregação do bom exemplo,
da conduta amigável, das atitudes ricas em misericórdia e perdão. Será nesses gestos
discretos e sem grandes arroubos, mas com autenticidade cristã, que ganharão pessoas
para Cristo.
O mundo, a natureza agradecem a acção missionária deles porque
um legítimo cristão respeita tudo que vive e todo local é visto e amado como local
de encontro com Deus e com o irmão.