Cidade do Vaticano, 17 out (RV) - Uma história de solidariedade original tocou
ontem a assembléia de padres sinodais: uma mulher, Rose Busingye, que trabalha na
assistência a doentes de AIDS em Campala, Uganda, tomou a palavra e deu o seu testemunho.
Rose
contou aos padres sinodais que um grupo de doentes de AIDS, gente muito pobre, que
sobrevive vendendo pedras para construtores, quando soube das devastações causadas
pelo furacão Kathrina, nos EUA, e do recente terremoto na região do Abruzzo, fez uma
coleta de dinheiro e enviou às cidades italianas e americanas atingidas. Por quê?
“Porque o coração do homem é internacional, não tem raça e nem cor”.
“Vi um
povo nascer e mudar na fé” – disse. “Estas pessoas quebram pedras e comem uma vez
por dia. Quando pedimos para rezarem pelas vítimas destas tragédias, responderam que
sabiam muito bem o que significa viver sem casa e sem comida. “Se pertencem a Deus,
pertencem a nós também”... Assim, organizaram-se em grupos, quebraram mais pedras,
e no final, haviam recolhido dois mil dólares, que enviaram à embaixada americana”.
“Este ano – continuou Rosa – depois do terremoto em Aquila, eles disseram:
“É na Itália, o país do papa: são nossos amigos, são a nossa tribo”. (CM)