2009-10-16 12:19:00

SÍNODO: PROPOSTAS DOS CÍRCULOS MENORES


Cidade do Vaticano, 16 out (RV) - Na tarde de ontem, no âmbito dos trabalhos da Assembleia do Sínodo para a África, foram apresentados os relatórios dos “círculos menores” ou grupos linguísticos. Nesta manhã, os padres sinodais continuram os trabalhos em grupos com o objetivo de preparar as propostas que serão submetidas ao secretariado-geral do Sínodo, para posterior apresentação ao Papa.

O Arcebispo-coadjutor da Diocese de Lubango (Angola), Dom Gabriel Mbilingi, que também é presidente da Conferência Inter-regional de Bispos do Sul de África, enumerou algumas das sugestões do Círculo Menor Português: a Doutrina Social da Igreja deve ser explicitamente referida no anúncio da mensagem cristã e a catequese deve levar a uma opção pessoal por Cristo.

Por outro lado, é preciso recordar o papel da vida consagrada na missão da Igreja, valorizar a política como serviço à sociedade e ajudar os estadistas cristãos a assumir as suas responsabilidades de acordo com a sua fé. O clero, por sua vez, é chamado a assumir a sua identidade como quem serve, e não como quem detém a autoridade, devendo igualmente denunciar as violações dos direitos humanos e prosseguir o caminho de reconciliação e purificação da memória dentro da Igreja, referiu Dom Gabriel Mbilingi.

“Só uma pessoa reconciliada com Deus vive na paz e é capaz de transmitir a paz”, afirmou o representante de um dos grupos de trabalho em língua francesa, a propósito da importância do sacramento da Reconciliação a nível social e eclesial. Por isso, explicou o Pe. Edouard Tsimba, é necessário consagrar-lhe “todo o tempo e preparação necessárias”.

No seu pronunciamento, o sacerdote evocou a influência que a vida e o martírio dos cristãos têm para a fé, referiu-se à “grande importância” do testemunho dos membros da Igreja para o apaziguamento social, lembrou que é necessário convocar a colaboração de toda a sociedade na construção da paz, e assinalou que “todos os cristãos (…) estão orgulhosos de sê-lo e de mostrá-lo nas suas vidas”.

O Superior Geral dos Missionários de África (Padres Brancos), Padre Gèrard Chabanon, destacou “dois grandes temas”: a família e o diálogo entre cristãos e muçulmanos, que deve incluir “a liberdade de consciência e a reciprocidade do culto”. (SP)







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