Cidade do Vaticano, 15 out (RV) - Como acolher os imigrantes na Europa? A questão
está na pauta do debate dos bispos, reunidos em ‘círculos menores’ na II Assembléia
Especial do Sínodo dos Bispos Africanos, em andamento no Vaticano.
"Entre
os temas enfrentados, esse está provocando uma ‘animada discussão’" – garante o cardeal
nigeriano Francis Arinze, prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina
dos Sacramentos e presidente delegado do Sínodo.
Ao abordar o drama dos migrantes
que colocam a vida em risco na esperança de um futuro melhor do outro lado do Mediterrâneo,
os padres propõem concordar com os bispos europeus ‘uma maneira de acolher estas pessoas
e abrir as portas àqueles que já chegaram’.
Foi também sugerida uma análise
mais específica sobre o papel dos sacerdotes, dos catequistas e dos diáconos permanentes.
Os padres sinodais querem refletir também sobre as relações entre os países ao norte
e ao sul do Saara, sobre a maior exigência de presbíteros Fidei Donum e o confronto
com os muçulmanos, em especial com o fundamentalismo islâmico.
Dom Antonio
Maria Vegliò, presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os
Itinerantes, falou sobre a questão dos migrantes, refugiados e dos desabrigados. A
seu ver, ‘o respeito pelos direitos humanos, os princípios democráticos e o estado
de direito; a boa governança, o aprofundamento do diálogo político e o reforço da
cooperação internacional são os trilhos no quais caminham o presente e o futuro da
África’.
Dentre os temas tratados no Sínodo estiveram o problema do HIV, da
necessidade de instruir as pessoas doentes, dando-lhes a esperança e a consciência
de como podem se tratar. Outras questões foram o aumento das doenças mentais como
decorrência de violência sobre as pessoas, o exorcismo, crianças, crianças-soldados,
esperança, zelo dos sacerdotes, prostituição, escolas, prisão, diálogo, religiões
tradicionais, economia, educação e islamismo. (CM)