2009-10-15 13:25:39

Mortalidade infantil no mundo: Angola está entre os 15 países com mais mortes devido a diarreia


(15/10/2009) O relatório "Diarreia: Porque é que as crianças continuam a morrer e o que é possível fazer?", apresentado nesta , quarta-feira, em Genebra, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estima que morram anualmente em Angola devido à diarreia quase 20 mil crianças com menos de cinco anos.
A lista de países é liderada pela Índia, onde se estima que morram por ano quase 390 mil crianças por doenças associadas à diarreia, e inclui ainda nos lugares cimeiros países como a Nigéria, República Democrática do Congo, Afeganistão e Etiópia.  
A meio da tabela estão o Paquistão, o Bangladesh e a China, enquanto o Mali e Angola fecham a lista.  
Ainda segundo o relatório, os países africanos (46 por cento) e do sul da Ásia (38 por cento) concentram 80 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos causadas pela diarreia em todo o mundo, que em 2007 se estimavam em 1,5 milhões.  
Apesar dos progressos registados pela OMS nas últimas duas décadas, a diarreia continua a segunda causa de morte mais comum entre as crianças com menos de cinco anos a seguir à pneumonia. Em conjunto, as duas doenças são responsáveis por 40 por cento das mortes infantis em todo o mundo.  
Indicadores de prevenção da doença relativos a 2006 e citados pelo relatório dão conta que em Angola apenas metade da população tem acesso a água potável e a instalações sanitárias.  
Revelam ainda que 16 por cento dos 3,1 milhões de crianças com menos de cinco anos tem peso abaixo do recomendável para a idade, 29 por cento estão subdesenvolvidas e apenas 11 por cento das crianças até aos cinco meses são exclusivamente amamentadas, factores que aumentam o risco de doença.  
OMS e UNICEF defendem a necessidade de reactivar as campanhas mundiais de luta contra a diarreia e apresentam um plano de sete pontos para reduzir e prevenir as mortes infantis devido a esta doença. 
Entre as medidas de prevenção estão o fornecimento de fluídos de reidratação, administração de zinco e suplementos de vitamina A, vacinação contra o rotavírus e sarampo, promoção da lavagem das mãos com sabão, melhoria do acesso a água potável e fomento do saneamento básico.  








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