2009-10-15 17:48:41

Intervenção de Pe. Joaquín ALLIENDE, Presidente da Associação Internacional “Kirche in Not”, Alemanha, Auditor


Pe. Joaquín ALLIENDE, Presidente da Associação Internacional “Kirche in Not”, Alemanha (CHILE)

Intervenção entregue por escrito mas não lida na Aula.



A encarnação do Verbo não é apenas o conteúdo da nossa mensagem mas é também o método da nossa acção. Nós sabemos que a etimologia grega da palavra «método» significa caminho para chegar à meta. Por outro lado, a capacidade de encarnação da cultura africana é conhecida. Eu próprio venho de uma cultura não toda europeia. Eu venho da América Latina e pertenço ao Movimento mariano de Sschoenstatt fundado por um padre profético que trouxe à Igreja uma pedagogia da liberdade para a maturidade cristã. Eu fui o superior do Santuário Nacional do Chile, a minha pátria, dedicado à Nossa Senhora. Tudo isso permitiu-me viver de maneira concreta este método da encarnação. Eu vou apresentar-vos, com respeito, três reflexões.

A tradição mariana da Igreja é um tesouro precioso do qual devemos cuidar e que devemos fazer crescer. Não é uma realidade que está ali como uma coisa, que existe como um facto natural. A presença feminina de Maria é necessária para encontrar a boa síntese entre a fé revelada e a riqueza afectiva do homem e da mulher. É um carisma pedagógico para estabelecer a relação entre a fé revelada e a vida existencial, entre pessoas e comunidades, entre a construção da Igreja e a fraternidade solidária no mundo e na cultura.

O Espírito Santo levou à santidade vários baptizados da África. São histórias comoventes de amor que deveriam se tornar sinais e forças missionárias. Muitos deles poderão ser beatificados e canonizados. Há casos de uma exemplaridade excepcional sobre os quais se poderiam concentrar esforços conjuntos. Basta pensar na maravilhosa história de testemunho de reconciliação dos mártires do Seminário de Buta no Burundi. De forma mais geral, talvez fosse útil preparar um manual para as beatificações em África.

Na tradição viva da Igreja, os santuários são um espaço privilegiado de evangelização e de santidade. Também as religiões naturais e o Islão têm lugares sagrados. Para nós, o Verbo encarnado santificou os tempos e a terra. Por outro lado, a Igreja tem o tempo litúrgico e a localidade do templo. A história da pastoral diz-nos que ao longo dos séculos os métodos de encarnação tiveram nos santuários os centros de criatividade audaz para evangelizar e santificar o povo.








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