Cidade do Vaticano, 14 out (RV) - A maior riqueza de África são os seus habitantes,
sobretudo a juventude e as crianças, afirmou o Bispo de Pemba (Moçambique), Dom Ernesto
Maguengue, sublinhando que o continente tem a população mais jovem do mundo. O prelado
disse estar preocupado com as situações que afetam os jovens – violência, prostituição,
tráfico e consumo de drogas, crime organizado, conflitos étnicos e tribais, fundamentalismo
religioso e participação nas seitas satânicas.
Diante desta realidade, Dom
Maguengue sugeriu que o Sínodo transmita “uma mensagem de confiança e alento aos jovens,
adolescentes e crianças”, denuncie “a manipulação e violação dos seus direitos”, proceda
a um “estudo sério sobre a juventude africana” e “reveja os conteúdos e métodos da
catequese”.
Já a presença significativa de trabalhadores chineses na África
foi outro assunto presente no Sínodo. Para o Padre Zeferino Martins, pertencente à
província angolana da Sociedade do Verbo Divino, tratam-se de trabalhadores que “aumentarão
a hegemonia da China no panorama econômico mundial”; mas para os países que os recebem,
“não são mais que mão-de-obra necessária para uma rápida reconstrução das infra-estruturas
destruídas durante a guerra”, referiu o religioso. Padre Zeferino sugeriu que se elabore
um programa para a aproximação da mensagem cristã aos trabalhadores chineses, “e não
apenas nos países africanos”. (SP)