2009-10-14 14:16:50

Intervenção de Dom John Baptist ODAMA, Arcebispo de Gulu (UGANDA)


S. E. R. Dom John Baptist ODAMA, Arcebispo de Gulu (UGANDA)



Falo a vocês especialmente por experiência pessoal da grande violência realizada às crianças em minha Arquidiocese. Esta violência é perpetrada por soldados das forças rebeldes do Exército de Resistência do Senhor (LRA), que nos últimos anos aterrorizou as pessoas e particularmente miravam as crianças.

As forças do LRA tomaram jovens garotos e garotas para os forçarem a se tornar crianças soldados, danificando suas mentes e espíritos em terríveis guerras. E as forças do LRA sequestraram jovens meninas como escravas sexuais, arruinando suas esperanças e futuros.

Sabemos que existem esses terríveis tipo de violência contra crianças, jovens mulheres e homens, em outras partes da África hoje onde guerras sem sentido e conflitos seguem, na República Democrática do Congo (RDC), no sul do Sudão, na África Central, por exemplo.

Mas há outra violência mais difundida que ocorre a cada dia no continente. Esta é a violência da fome, da falta de oportunidades educacionais, da escassez de adequados cuidados sanitários, e inadequadas condições de vida em favelas urbanas e campos de refugiados.

Certamente nosso Sínodo deve falar contra as situações políticas, económicas e sociais que fazem esse tipo de violência contra nossas crianças.

Mas deixe-me acrescentar já outro caminho no qual a violência é feita contra as crianças, e este é a chocante taxa de aborto que ceifa vidas inocentes mesmo antes de nascerem. Uma cultura de aborto, uma dinâmica de falta de respeito pelo nascituro, uma promoção dos “direitos” que constantemente permite a negação do direito à vida, é, então, outro sinal de violência contra a vida.

Quero sugerir dois grandes passos.

O primeiro é prometer a nós mesmos como Igreja na África estar atentos à “ética consistente” pelo respeito à vida.

Em nosso trabalho pelo desenvolvimento, pela reconciliação, pela justiça e a paz, estamos portando os valores de um respeito pela vida o qual é um forte testemunho contrário à violência e um vigoroso apoio das condições necessárias para a vida - amor familiar, comida, educação, cuidados sanitários, emprego, moradia, etc.

O segundo é dar um testemunho especialmente em relação aos direitos da mulher em sua dignidade dada por Deus. Digo isto porque há em torno a nós muitos que falam dos direitos da mulher de forma a violar os direitos de outros - especialmente os direitos dos nascituros. Nós, como Igreja católica devemos ser conhecidos como fortes defensores dos direitos da mulher - experimentar sua igualdade dada por Deus, exercitar seus muitos dons para o bem de nossas comunidades, para contribuir completamente para a missão da Igreja de partilhar a Boa Nova.








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