2009-10-13 10:35:24

Intervenção do Ir. André SENE, Responsável da Pastoral da Saúde da Diocese de Thies (SENEGAL), Auditor


Ir. André SENE, O.H., Responsável da Pastoral da Saúde da Diocese de Thies (SENEGAL)

A falta de interesse da comunidade internacional e dos nossos países em especial pelo futuro, particularmente doloroso, desses doentes não pode esconder as provas evidentes que, segundo grandes pesquisas a nível mundial sobre a saúde mental, a prevalência das doenças mentais é muito elevada em numerosos países em vias de desenvolvimento.
Até este momento, daquilo que eu sei, não existe algum programa de financiamento por parte das organizações internacionais ou nacionais para a saúde mental.
Segundo a OMS, as doenças mentais estão em terceiro lugar entre as doenças em termos de prevalência e são responsáveis por um quarto dos estados de invalidez.
Onde estão os doentes mentais?
- Pelas ruas da maior parte das nossas cidades; é difícil percorrer as ruas das nossas cidades sem encontrar um doente mental.
- Em qualquer raro hospital psiquiátrico.
- As culturas africanas, em geral, têm ainda alguma dificuldade a eliminar a confusão: doente mental igual a possuído. Frequentemente esses doentes não são reconhecidos, são motivo de vergonha para a família e, na maior parte dos casos, são escondidos. É necessário curar as nossas culturas desta ignorância.
As graves fraquezas da África neste âmbito, certamente acentuadas pela pobreza e pelos conflitos, desafiam a Igreja-Família de Deus na África a inscrever a dimensão social e de saúde no seu programa de prática da fé, para continuar a denunciar a indiferença dos nossos governos em relação ao respeito e aos cuidados prestados aos doentes mentais e às pessoas toxicodependentes.
É preciso curar os doentes e as feridas daqueles que crêem ter perdido tudo, feridas que infelizmente terão necessidade de muito tempo para se cicatrizar. Mas serve sobretudo a prevenção.








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