2009-10-13 10:15:07

Intervenção de Dom Menghisteab TESFAMARIAM, Eparca de Asmara (ERITREIA)


S. E. R. Dom Menghisteab TESFAMARIAM, M.C.C.J., Eparca de Asmara (ERITREIA)



As pobrezas e tribulações que afligem a maior parte do continente africano, nomeadamente, os conflitos existentes, injustiças, as violações dos direitos humanos, falta de liberdade religiosa, perseguição, exploração dos recursos naturais e humanos, diferentes tipos de doença, pobreza, desemprego, fome, falta de moradia, fugas de mentes e tráfico humano, são suficientemente conhecidas e publicadas. Essas, falo por experiência, são causadas por forças internas e externas de fome de poder e uma irrestrita voracidade por posses.

A família, como primeiro e menor núcleo de qualquer sociedade e comunidade cristã é a primeira e indispensável escola de Reconciliação, Justiça e Paz. Para isto, está na família o sentido de pertença e identidade, e os valores da solidariedade, da partilha, do respeito pelos outros, da hospitalidade, intimidade, etc.

É verdade que o maior número de refugiados e desabrigados se encontra na África. É também verdade que muitos africanos ainda estão tentando cruzar desertos e mares para encontrar terras onde eles pensam que terão melhor educação, mais dinheiro, e especialmente maior liberdade. Há grande necessidade de cuidado pastoral para esses grupos de pessoas vulneráveis. Nosso Sínodo deve urgir que as Igrejas de origem e as Igrejas que recebem-nos precisam ter muito mais estreita colaboração.

Entretanto, a emigração de africanos não começou recentemente. Existem agora muitos africanos que com sucesso se estabeleceram no mundo desenvolvido. Se motivados por nós, eles estão prontos para fazer sua contribuição para a melhoria da vida em seus países de origem. Não devemos excluí-los de estarem envolvidos no potencial de desenvolvimento da África. Em estreita colaboração com nossas Igrejas irmãs na Europa, América e Austrália tem que trazê-los a bordo dos esforços de mover a África para frente, humanamente e espiritualmente.

Se a família africana e os africanos da Diáspora ajudarem a Igreja a se tornar “sal da terra e luz do mundo”, então temos que estar certos de que uma formação básica muito efectiva e ativa será dada a nossos agentes pastorais. Especialmente nesse Ano do Sacerdócio é vital que todos os membros do presbiterato estejam completamente cientes de seu chamado a serem santos ministros da reconciliação, fidedignos advogados da justiça e fiéis portadores da paz de Cristo.








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