2009-10-13 13:47:59

Intervenção de Dom Laurent MONSENGWO PASINYA, Arcebispo de Kinshasa (RDCONGO)


S. E. R. Dom Laurent MONSENGWO PASINYA, Arcebispo de Kinshasa (REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO)



A paz vai junto com a justiça, e a justiça com o direito, e o direito com a verdade.

Sem a justiça, a paz social encontra-se numa má situação. É preciso, portanto, promover a todo o custo os Estados de direito, onde reine a primazia da lei, notadamente a lei constitucional; Estados de direito onde o arbitrário e o subjectivo não criam a lei da selva; Estados de direito onde a soberania nacional é reconhecida e respeitada; Estados de direito onde é dado a cada um, de forma equânime, o que lhe é devido.

Sem a verdade, é difícil assegurar a justiça e fazer falar a lei. A consequência disso será que, quer o direito quer o que não o é, terão o mesmo direito de cidadania; isso torna impossível uma ordem harmoniosa das coisas, ou «tranquilitas ordinis». «Onde há a verdade, há a paz» (Bento XVI).

É por isso que na busca de soluções de paz, todos os processos especificamente diplomáticos e políticos visam restabelecer a verdade, a justiça e a paz.

Cristo é a nossa paz, Ele fez a paz, proclamou a paz, porque Ele fez um só povo dos judeus e dos pagãos. Não deixando uns e outros nos seus privilégios e nas suas leis, mas abolindo a exclusão, abatendo o muro de separação cultural e social, destruindo o ódio que crucificou o seu corpo na cruz. Judeus e gentios deixaram de ser estranhos, afastados, e passaram a ser co-cidadãos dos santos, e uns e outros têm a mesma herança (Ef 3,6) pertenciam outrora a um só Israel. Fez também um homem novo, para os reconciliar ambos em Deus e lhes dar acesso ao Pai através do Espírito.

É suprimindo todas as barreiras, a exclusão, as leis discriminatórias no culto e na sociedade, e sobretudo eliminando o ódio, que se reconciliam os homens e se faz a paz.







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