2009-10-11 09:40:53

REFLEXÃO PARA O 28º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B


Cidade do Vaticano, 11 out (RV) - A liturgia de hoje nos questiona sobre a autêntica sabedoria, aquela que leva a uma felicidade sem limites, a uma total realização, em todos os âmbitos da vida.

Os bens que almejamos nos trazem dependência e não nos dão segurança. Ao contrário, nos brutalizam, tornando-nos gananciosos e opressores. O autor da primeira leitura preferiu a Sabedoria ao poder , à riqueza, à beleza , à saúde, “pois o esplendor que dela irradia não se apaga”. Em seguida diz que todos bens vieram com ela.

A sabedoria está em discernir, em saber escolher aquilo que é duradouro, que não perece e nos sacia plenamente.

No Evangelho vemos um homem rico em bens deste mundo, mas desejoso dos bens eternos. Ele busca Jesus e lhe pergunta o que fazer para ganhar a vida eterna. Jesus lhe responde dizendo que a vida eterna está no relacionamento fraterno: entre outras coisas, não matarás, não cometerás adultério, não roubarás. O homem se mostra um justo, pois nada transgrediu desde a juventude. Contudo, ainda não chegou à perfeição.

Jesus, então, fez a proposta libertadora, após lhe dirigir um olhar amoroso: Só uma coisa te falta. Vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois vem e segue-me! ” Não basta não ter feito mal, é preciso ser misericordioso! Por isso o Mestre acrescenta para seus discípulos a dificuldade de um rico entrar no céu. É necessário que ele se deixe tocar pela graça de Deus e dê à sua riqueza um sentido social, fraterno. Quem fizer isso participará da nova sociedade, a dos filhos de Deus.

A 2ª leitura nos fala da força da Palavra de Deus, da sua capacidade de realizar em nós o que o Espírito nos fizer pedir ao Pai.

Hoje, o Santo Padre canonizou 5 beatos, 4 homens e 1 mulher que foram sábios aos olhos de Deus, fazendo opção por aquilo que é eterno.
Abriram mão de riqueza, juventude, saúde, de tudo que era lícito e louvável aos olhos do mundo e também da religião, para se colocarem mais próximos a Jesus, para se tornarem cidadãos do céu.

Foram livres em partilhar não apenas bens materiais, mas suas vidas. Por isso estão eternizados, recordados sempre como amigos de Deus e de seu Filho Jesus Cristo, e vivendo plenamente a felicidade. São homens literalmente realizados!

Que o exemplo desses novos santos revigore também em nós o desejo de alcançar a santidade, testemunhando no dia-a-dia o amor a Deus e aos irmãos. (CAS) RealAudioMP3







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