2009-10-11 15:20:35

Intervenção de Dom Telesphore George MPUNDU, Arcebispo de Lusaka (ZAMBIA)


S. E. R. Dom Telesphore George MPUNDU, Arcebispo de Lusaka (ZAMBIA)

Esta intervenção se refere ao Instrumentum Laboris, aos números 20, 32, 59, 114 e 117, que falam sobre a dignidade das mulheres, sobre seu grande dom para a humanidade, sua enorme contribuição à Igreja, não obstante o seu carisma não seja adequadamente reconhecido, utilizado de maneira suficiente e convenientemente celebrado. Não existe desenvolvimento significativo, se pelo menos 50% da população é marginalizada, ou seja, as mulheres, que são sistematicamente excluídas. Sem verdadeira justiça entre homens e mulheres, o desenvolvimento permanece somente um sonho irrealizável, nada mais que uma perigosa miragem.
O Livro do Gênesis 1, 27 diz claramente que Deus criou a humanidade e os criou homem e mulher, a sua imagem e semelhança. Então uma plena e igual participação das mulheres em todos os campos da vida é essencial para o desenvolvimento social e económico. A negação da igualdade das mulheres é uma afronta à dignidade humana e a negação de um verdadeiro desenvolvimento da humanidade.
Infelizmente, temos que admitir com vergonha que, na Zâmbia, as mulheres infelizmente muitas vezes são vítimas de abuso, de violência doméstica, que, até mesmo causam a sua morte, práticas culturais e costumes discriminantes, e as leis expressam claramente preconceitos em relação a elas. Nós bispos devemos falar de maneira clara e insistente em defesa da dignidade das mulheres à luz das Escrituras e da Doutrina Social da Igreja.Sim, foi uma mulher, Maria, a levar por primeiro Jesus à África como refugiado [Mt 2, 13-15]. Hoje é a mulher que, de muitos modos, leva Jesus até nós, na Zâmbia. Mulheres religiosas e leigas ajudam a nossa Igreja a estar a serviço da reconciliação, da justiça e da paz, com especial atenção aos pobres.
Para promover o respeito pelas mulheres e a sua integração nas estruturas eclesiais de responsabilidade, decisão e projectos, convidamos o Sínodo a recomendar a todas as dioceses, instituir ou consolidar o apostolado familiar e departamentos que tratam do problema feminino, tornando-os operativos e plenamente funcionais.







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