2009-10-11 15:37:48

Intervenção da Sra. Geneviève Amalia Mathilde SANZE, Responsável da Obra de Maria (Movimento dos Focolares), Abidjão (COSTA DO MARFIM), Auditora


Sra. Geneviève Amalia Mathilde SANZE, Responsável da Obra de Maria (Movimento dos Focolares), Abidjão (COSTA DO MARFIM)

O Movimento dos Focolares está presente na África sub-sahariana desde 1963. A partir daí, a sua presença alargou-se a todos os países africanos, mesmo se ali se realizou de maneira diferente. Hoje em dia mais de 170 000 pessoas procuram viver a sua espiritualidade.Como é que contribui para a reconciliação, a justiça e a paz em África? Sendo a sua espiritualidade a comunhão, os membros querem testemunhar Cristo através da prática do Evangelho. O Movimento trabalha também na formação de «homens novos» que, renovados no Evangelho sob todos os aspectos da sua vida, são capazes de transformar a sociedade.
Para citar apenas um exemplo, podemos falar da ‘Nova Evangelização que se faz em Fontem, junto de uma população dos Camarões. Em 2000, Chiara Lubich, forte da experiência fraterna vivida por todos em conjunto, propõe à população: «... é como uma semente pela qual nós nos comprometemos a estarmos sempre em paz entre nós e a refazer a paz, no caso dela ser ameaçada... Todos vocês são livres de seguir a fé dos vossos pais, se vocês a sentem na vossa consciência, mas vocês não podem ser livres de não amar». A população aderiu a esta proposição com entusiasmo. Depois, com o rei, foi elaborado um programa concreto e começaram encontros regulares em 10 aldeias. Os frutos são numerosos: pedido de perdão e de reconciliação entre familiares e vizinhos, respeito dos valores morais, regresso aos sacramentos, experiência da paz interior que dá e que cria a família, quer em casa quer na comunidade local, etc. Hoje em dia, 16 chefes tradicionais e os seus povos participam da ‘Nova Evangelização’ que vai crescendo de ano em ano. Os reis (Fon), afirmaram várias vezes já não ter instâncias de reconciliação, porque os problemas são resolvidos na caridade fraterna.
Em 1992, em Nairobi (Quénia), Chiara Lubich funda uma escola de Inculturação, cujo objectivo é aprofundar o enraizamento do Evangelho nas culturas africanas à luz do carisma da unidade. Cada seminário é sobre um tema específico que é abordado segundo as tradições africanas, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja, mesmo se segundo o carisma da unidade. É uma experiência de grande interesse, de descobrir e exprimir os valores e os limites das nossas próprias culturas. Um âmbito, para dizer a verdade, novo, mesmo para nós Africanos. Trata-se de um verdadeiro dom recíproco que nos faz crescer no amor e na vida, que nos dá uma nova consciência das nossas próprias raízes e que nos abre a novos horizontes, dando-nos a possibilidade de nos apercebermos do património comum. Ajuda-nos também a fazer ouvir a voz da África ao resto do mundo, numa relação de dignidade recíproca em vista da fraternidade universal e para um desenvolvimento harmonioso da vida sócio-cultural e eclesial.








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