2009-10-10 14:40:28

Intervenção do Card. Tarcisio BERTONE, Secretário de Estado (CIDADE DO VATICANO)


S. Em. R. Card. Tarcisio BERTONE, S.D.B., Secretário de Estado (CIDADE DO VATICANO)

Na Exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in Africa, o Papa João Paulo II de venerada memória quis sublinhar como o Sínodo dos Bispos «constituía um instrumento propício para favorecer a comunhão eclesial» (nº 15). Esta comunhão afectiva e efectiva das Igrejas particulares com a Igreja universal encontra na acção dos Núncios Apostólicos uma ligação insubstituível e particularmente importante na realidade do Continente africano. Trata-se de uma rede de presença que não tem só o fim de promover e sustentar as relações entre a Santa Sé e as Autoridades estatais, mas quer, acima de tudo «tornar cada vez mais sólidos e eficazes os vínculos de comunhão entre a Sé Apostólica e as Igrejas particulares» (Cân. 364), através da assistência e do conselho que os Representantes Pontifícios prestam aos Bispos. Nesta ótica de comunhão é, portanto, colocada a missão diplomática da Santa Sé, que, sobretudo no curso do último decénio, favoreceu o surgimento de Acordos ou Convenções com Autoridades estatais.
Os Representantes Pontifícios dão voz ao Santo Padre, na defesa da dignidade da pessoa e de seus direitos fundamentais, assim como, em colaboração com os Episcopados, operam em defesa da liberdade religiosa e da promoção de um diálogo autêntico, seja com as outras Igrejas ou comunidades eclesiais, seja com os pertencentes a outras religiões, como também, naturalmente, com as Autoridades civis. Tal amor pelo homem, pela paz e a justiça, que quer olhar para a África «na luz de Deus», não pode senão mover os Representantes Pontifícios a testemunhar a solicitude do Santo Padre, e nele da Igreja universal, para o bem comum de cada País.








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