2009-10-10 19:15:12

Intervenção de Dom Peter J. KAIRO, Arcebispo de Nyeri (QUÊNIA)


S. E. R. Dom Peter J. KAIRO, Arcebispo de Nyeri (QUÊNIA)

Os nómades vivem e são activos há séculos, em 52 dioceses dos países da AMECEA; estão presentes também na África Ocidental e no Norte da África. Por vezes, causaram e deram início a conflitos armados por causa da carência de água e de pastagens, principalmente durante os períodos de estiagem.
A Igreja deve promover o diálogo entre estas tribos, nas quais o papel dos idosos é muito importante, pois os guerreiros não podem fazer incursões sem receber a sua bênção.
O governo precisa esforçar-se em realizar poços e digas nas áreas secas. Centros de saúde e estruturas de ensino deveriam ser incrementadas e disponibilizadas entre os pastores. A comissão Justiça e Paz deve fornecer aos povos nómades educação sobre os direitos humanos. Os pais deveriam ser encorajados a educar suas filhas.
Nas paróquias destas áreas, é extremamente difícil para o sacerdote dedicar uma adequada atenção pastoral aos seus fiéis. Ao mesmo tempo, os nómades errantes carecem das actividades paroquiais tradicionais. É necessário que a Igreja exerça novas formas de evangelização e de atenção pastoral para a população nómade, que sejam ordenados sacerdotes nómades, e nomeados coordenadores pastorais nómades e catequistas nómades; que sejam promovidas escolas nómades, assistência médica para os pastores e centros eclesiais móveis.
Propomos também que as estruturas supra-diocesanas da nossa Igreja Católica e nas relações além-fronteira haja empenho ao implantar iniciativas de paz em ambos os lados dos confins e fora do território das nossas dioceses. Também podem ser úteis os encontros regulares entre o coordenador pastoral do apostolado dos nómades das dioceses e os países fronteiriços, assim como a adopção de estratégias comuns que demonstrem a solidariedade humana e a unidade cristã.








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