2009-10-10 14:52:40

Intervenção de Dom Jean-Claude BOUCHARD, Bispo de Pala, Presidente da Conferência Episcopal (CHADE)


S. E. R. Dom Jean-Claude BOUCHARD, O.M.I., Bispo de Pala, Presidente da Conferência Episcopal (CHADE)

Nós afirmamos e repetimos neste Sínodo que a Igreja-Família de Deus é o lugar e o sacramento do perdão, da reconciliação e da paz, mas em que modo ela exerce este ministério? Qual é a relação entre os diversos pronunciamentos ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz e o exercício do ministério sacramental mesmo? Na vida dos cristãos e das comunidades, qual é a relação entre o exercício deste “ministério da reconciliação” (2 Cor 5, 18) do qual eles são os primeiros depositários, como membros da Igreja, e a celebração na Igreja do sacramento da reconciliação para si mesmos? Em outras palavras, o sacramento, como celebrado em nossas comunidades, é o resultado e a fonte do ministério da reconciliação? Uma Igreja reconciliada que seja também reconciliadora? Ou este sacramento não está a tornar-se uma espécie de rito, realizado rapidamente para cumprir uma norma com Deus, ao invés de ser aquilo que diz o apóstolo Paulo: “Nossa capacidade vem de Deus. Ele é que nos fez aptos para ser ministros da Nova Aliança, não a da letra, e sim a do Espírito. Porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Cor 3, 5-6).
A realização deste sínodo sobre a Igreja na África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz deve ser, para as nossas comunidades e as nossas Igrejas, uma ocasião para renovarmos a maneira de viver o sacramento do perdão e da reconciliação? É necessário que este sacramento seja vivido, individual e comunitariamente, “no Espírito que dá a vida”.








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