2009-10-10 19:13:29

Intervenção de Dom Denis Komivi AMUZU-DZAKPAH, Arcebispo de Lomé (TOGO)


S. E. R. Dom Denis Komivi AMUZU-DZAKPAH, Arcebispo de Lomé (TOGO)

O Capítulo II do Instrumentum laboris nos leva ao centro da problemática da reconciliação, da justiça e da paz, que representam uma verdadeira urgência para a África. Não é necessário precisar que a este imponente trinómio se deve acrescentar a verdade.
A exigência da fidelidade ao Senhor convida-nos, a sermos seus discípulos, a sermos embaixadores da reconciliação, entendida como dom de Deus e anúncio da salvação que Ele nos doa já hoje (cfr. 2 Cor 5, 11-12). A realização de uma tal missão será avaliada com o tempo e exige um certo número de condições que deveremos ter presente durante todos os nossos trabalhos:
1. A elaboração de um projecto realístico de educação à cultura da paz para todas as nossas estruturas educativas e formativas na África.
2. A criação de um arquivo para a coleta de dados sociocultuais e económicos, capaz de ajudar na promoção da reconciliação, da justiça e da paz no amor e na verdade.
3. A criação de um observatório para a prevenção, a gestão e a resolução dos conflitos, envolvendo ainda mais a Igreja-Família de Deus na África.
4. Assegurar uma difusão muito vasta e atenta da Doutrina Social da Igreja, penhor da criação de uma nova ordem sociocultural, económica e política mais justa, mais humana e mais fraterna; capaz de favorecer a instauração na África do Reino de Deus; Reino de justiça, de reconciliação, de verdade, de amor e de paz.
5. É evidente que a Bíblia, Palavra de Deus, neste sentido deve ser apresentada em todos os lugares como fonte inesgotável de reconciliação, de justiça e de paz; acolhida e vivida com coerência, pode tornar-se o instrumento mais seguro e eficaz para instaurar o Reino de Deus na África e no mundo.
Nesta ótica, a Conferência dos bispos do Togo teria desejado que o tema da nossa segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos fosse assim formulado: “A Igreja- Família de Deus na África, ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz”.
Mas isso não é nada de grave, pois nós nos entendemos muito bem, também com palavras “subentendidas”.








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