2009-10-10 14:42:43

Intervenção de Dom Albert VANBUEL, Bispo de Kaga-Bandoro (REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA)


S. E. R. Dom Albert VANBUEL, S.D.B., Bispo de Kaga-Bandoro (REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA)

Nestes últimos anos, durante as diversas crises sociopolíticas vividas pela República Centro-Africana, nunca deixamos de recordar os valores humanos e cristãos necessários para a convivência na paz. Em todos os momentos, a Igreja esteve presente e foi solidária com as alegrias e os sofrimentos do povo, desejando a sua autêntica felicidade e redenção. Os bispos da República Centro-Africana nunca deixaram de ver a aurora e o advento de uma era propícia de paz, de justiça e de reconciliação para todos.
A nossa Igreja conscientiza-se cada vez mais da existência de lacunas no seu interior e aspira intensamente à paz e à comunhão dentro da Igreja-Família. Infelizmente, alguns vêem motivos de desânimo e ocasionalmente rendem-se. É verdade, males-entendidos e gestos interpretados como ofensivos levaram alguns a sofrer. Todavia, chegou o momento de demonstrar-nos à altura dos desafios do mundo actual. Quando a injustiça, a corrupção, o egoísmo, as rebeliões... são unanimemente rechaçados, a nossa Igreja é chamada a dar o seu testemunho, segundo o Evangelho, que é Palavra de Vida: um testemunho de reconciliação, de justiça e de paz, mas, sobretudo, um testemunho de comunhão.
Nos últimos meses, deploramos os gestos de divisão entre os sacerdotes, entre os sacerdotes e os bispos, entre os sacerdotes e os leigos; certamente não é este o Evangelho que devemos anunciar. Fomos mandados para construir uma Igreja unida no Espírito de Deus, que nos guia. Não podemos, ao mesmo tempo, dilacerar o Corpo de Cristo.
O Ano Sacerdotal doado-nos pelo Santo Padre pode inspirar-nos e oferecer-nos uma orientação: fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote e fidelidade de todos os baptizados.
Todos aspiram a um tempo de paz, de justiça e de reconciliação. Os eventos que vivemos e que continuamos a viver nestes tempos demonstram que há sempre uma razão de esperar, e que depois da noite em que vivemos, virão a aurora e o dia.
Cada um de nós é frágil e pecador; mas juntos, devemos ouvir a Palavra de Deus, devemos vivê-la para construir, na comunhão, a nossa Igreja-Família.
Que Deus nos abençoe e nos doe a força da perseverança e do testemunho autêntico!








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