2009-10-10 14:42:01

Intervenção de Dom Jan OZGA, Bispo de Doumé-Abong' Mbang (CAMARÕES)


S. E. R. Dom Jan OZGA, Bispo de Doumé-Abong' Mbang (CAMARÕES)

Esta segunda Assembleia sinodal para a África, para produzir os frutos esperados, deve passar - parece-me extremamente importante - através da família africana. Já que a formação de uma nova cultura de reconciliação, justiça e paz é por primeiro uma obra familiar, antes de ser social. Se estes três valores têm a sua origem e fundamento na família, a sua cultura pode estender-se para toda a sociedade africana.
A cultura da reconciliação distingue-se do acto de reconciliação, dado que este último é pontual e circunstancial, enquanto o primeiro é um estado mental, fundado sobre a promoção do amor, da caridade, da conversão, da misericórdia e de muitos outros valores. Este papel preponderante cabe primeiro aos pais e depois às instituições escolares, sociais e eclesiais, de acordo com o princípio de correcção fraterna: “Se o teu irmão pecar, vai corrigi-lo a sós...” (Mt 18,15-18).
A justiça é a reta apreciação, o reconhecimento, o respeito pelos direitos humanos e pelo mérito de cada um. A família é chamada a educar à verdadeira justiça, a única que conduz ao respeito da dignidade pessoal de cada um, como o Papa João Paulo II sublinha na Familiaris consortio.
Já Jesus havia dito: “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e a dos fariseus...” (Mt 5,20s)
A cultura da paz na família africana era garantida pelo conselho dos pais e dos parentes, através da frequente realização da “palavre”, núcleo de felicidade na perspectiva individual e colectiva, em relação com Deus e os irmãos e irmãs: “bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).








All the contents on this site are copyrighted ©.