João Pessoa, 09 out (RV) - Começa hoje, e se encerra segunda-feira, dia 12,
no Centro de Formação Missionária (CFM), localizado em Serra Redonda, interior do
estado da Paraíba (Nordeste do Brasil), o seminário “Teologia da Enxada - 40 anos”.
O objetivo è rememorar essa experiência teológica popular e pensar nas perspectivas
do movimento.
Segundo o teólogo José Batista, um dos fundadores da Teologia
da Enxada, “comemorar seus 40 anos significa dar um aceno para a Igreja e para a sociedade
no sentido de alertar para a importância do protagonismo dos pobres e dos excluídos
na caminhada da Igreja”.
O seminário terá a presença do arcebispo emérito
da Paraíba, Dom José Maria Pires, do teólogo e escritor Pe. José Comblin, o também
teólogo e biblista Frei Carlos Mesters, e outras 200 pessoas ligadas à história da
Teologia da Enxada.
Nos três dias de evento, haverá oficinas temáticas, plenárias,
análise da caminhada realizada durante estes 40 anos, visita a Salgado de São Félix,
local da primeira experiência da Teologia da Enxada, cursos e celebrações eucarísticas,
além de apresentações culturais. O Seminário será encerrado com uma Celebração Eucarística
de Memória e Ação de Graças, no Município de Salgado de São Felix (PB), local da primeira
experiência.
O movimento nasceu em 1969, quando um grupo de 10 estudantes
de Teologia decidiu ensinar e estudar a teologia de maneira nova, por meio de diálogos
com os agricultores e as famílias camponesas. Durante três anos, os jovens viveram
no interior e se dedicaram ao trabalho no campo e ao estudo da teologia. A partir
dessa experiência, nasceu a Teologia da Enxada.
“Queríamos entender as aspirações
populares; o diálogo é base fundamental da Teologia da Enxada. Nosso intuito era transmitir
a Teologia de forma adequada. Era uma maneira de devolver o que estudávamos”, explica
João Batista.