2009-10-08 12:47:14

Intervenção do Card. Francis ARINZE, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (NIGÉRIA)


S. Em. R. Card. Francis ARINZE, Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos (NIGÉRIA)



Para dar à Igreja maior credibilidade e coragem em sua missão profética de pregar a reconciliação, a justiça e a paz, deveríamos cuidar para que essa reconciliação, justiça e paz sejam vividas nas estruturas da Igreja, especialmente pelos líderes que trabalham na Igreja, como os bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos. Aqui estão sugestões tiradas do Instrumentum laboris em vários artigos (p.ex. 17, 38, 45, 53, 61, 109 e 110).

As pessoas procuram directamente nos bispos por sua liderança. Eles são as mais proeminentes pessoas a mostrarem que pertença ética, a língua ou classe social não são importantes para assinalar trabalhos na Igreja e que a conferência nacional dos Bispos trabalha como um corpo colegiado único, e fala com uma voz, sem ser influenciada por considerações tribais.

Os sacerdotes dão exemplo de unidade e harmonia quando o presbitério diocesano trabalha como uma irmandade sacramental, quando eles são felizes em poder viver em comunidades de dois ou três padres diocesanos do que serem párocos, que vivem sozinhos, e quando eles de coração aberto acolhem um novo bispo nomeado pelo Santo Padre sem organizar facções com uma mentalidade míope de “Filho do terra”. O sucesso da Igreja em nomear bispos de fora de sua área linguistica é uma mensagem poderosa para algumas comunidades africanas contaminadas pelo vírus políticosocial de extrema etnicidade. Devemos recordar com respeito alguns sacerdotes que, daquilo que foi referido, foram mortos durante os massacres tribais porque pregavam a caridade e harmonia para além dos confins tribais.

As Congregações Religiosas dão bom testemunho de universalidade porque seus membros geralmente são provenientes de diferentes ambientes étnicos.

Justiça: Para servir a justiça do Reino de Cristo, a Igreja “deve primeiro viver esta justiça dentro dela e entre os seus membros” (Instr. Laboris 45). As dioceses honrar os acordos com as Congregações Religiosas e especialmente fazer com que homens e mulheres consagradas, catequistas, funcionários de casas paroquiais e outros que trabalham para a Igreja sejam adequadamente pagos. É um escândalo quando esses humildes empregados têm somente água benta para levar para casa no final do mês. Além do mais, párocos deveriam lembrar-se que ofertas trazidas pelo povo na Procissão do Ofertório não são recursos somente para o clero, mas para os pobres e para a Igreja em geral; e isso inclui as pessoas consagradas e os catequistas (cf. Instrução Geral do Missal Romano, 73; Redemptionis Sacramentum, 70).

Em algumas dioceses a presença feminina nos conselhos não é suficiente (cf. Instr. Laboris, 61). Onde sua colaboração e adequadamente apreciada, foram verificados resultados muito positivos.

Este Sínodo pode ajudar a Igreja em cada país a dar um grande testemunho de reconciliação, justiça e paz. “A vida de uma comunidade eclesial, que verdadeiramente encarnar a Palavra, torna-se uma lâmpada no limiar da sociedade como um todo, permitindo às pessoas de evitar os caminhos da morte e tomarem, ao invés, aqueles que levam à vida, ou seja, seguir Jesus, ‘o caminho, a verdade e a vida’” (Instr. Laboris, 38).








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