2009-10-08 17:03:21

Intervenção do Card. Ennio ANTONELLI, Presidente do Conselho Pontifício para a Família


S. Em. R. Card. Ennio ANTONELLI, Presidente do Conselho Pontifício para a Família (CIDADE DO VATICANO)

Com uma expressão muito incisiva, na Homilia da Missa de Inauguração, na Basílica de São Pedro, o Santo Padre assinalou que o primeiro mundo “está exportando resíduos espiritual tóxicos” para a África e para outras regiões em via de desenvolvimento. Um desses resíduos tóxicos é a chamada “teoria do género”, que bem camuflada, começa a infiltrar-se nas associações, nos governos e até mesmo em alguns ambientes eclesiais do continente africano, como assinala o Pontifício Conselho para a Família.
Agentes de várias instituições e organizações internacionais começam mencionando problemas reais aos quais é necessário remediar, como as injustiças e violências sofridas pelas mulheres, a mortalidade infantil, a desnutrição e a fome, além dos problemas de moradia e de trabalho. Sugerem perspectivas de solução baseadas nos valores da igualdade, da saúde, da liberdade: palavras sacrossantas, mas que, carregadas pelos novos significados antropológicos, tornaram- se ambíguas: por exemplo, igualdade das pessoas são significa apenas iguais dignidade e titularidade dos direitos fundamentais homem, mas também a irrelevância da diferença natural entre os homens e as mulheres, a uniformidade de todos os indivíduos como se fossem sexualmente indistintos, e portanto, a equivalência de todas as orientações e comportamentos sexuais: heterossexual, homossexual, bissexual, transexual, polimorfo. Cada indivíduo tem o direito de realizar livremente (ou de mudar) as suas escolhas, segundo as suas pulsões, seus desejos e suas preferências.
A ideologia é difundida através de postos de saúde reprodutiva, de encontros locais de formação, de programas televisivos internacionais de formação. É solicitada a colaboração dos governos africanos e das associações locais, inclusive eclesiais, que normalmente não compreendem as suas implicações antropológicas, eticamente inaceitáveis.
O meu pronunciamento quer ser um convite à vigilância, uma exortação a oferecer instruções minuciosas aos sacerdotes, aos seminaristas e aos religiosos e às religiosas, à Caritas e aos outros agentes pastorais leigos.








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