2009-10-08 17:10:06

Intervenção de Dom Louis Ncamiso NDLOVU, Bispo de Manzini (SUAZILÂNDIA)


S. E. R. Dom Louis Ncamiso NDLOVU, O.S.M., Bispo de Manzini (SUAZILÂNDIA)



A Igreja Católica na Suazilândia é ainda jovem, tendo chegado em 1914. Hoje, conta 55 mil fiéis, dentre um milhão de habitantes, o que significa que somente cinco por cento dos cidadãos são católicos. Apesar de ser minoria, é a maior Igreja cristã no país. Desde a sua chegada, a Igreja participa de actividades sociais em muitas regiões do país. Meus predecessores, quase todos de origem europeia, também mantiveram boas relações com as autoridades tradicionais.

Nos últimos anos, a relação entre a Igreja e os líderes tradicionais e os políticos tornou-se ambivalente. A Igreja continua a receber o apreço do governo por sua actuação nos campos da educação, da saúde e dos programas de desenvolvimento. Como Igreja, continuamos a questionar o sistema de governo, pois acreditamos que contribua para o elevado índice de pobreza no país. O governo critica a Igreja porque se manifesta a respeito do governo; afirma que as funções da Igreja devem limitar-se à liturgia e ao culto, não devendo estar presente na vida social e política do povo. Isto fez com que recebêssemos o apoio de alguns membros da sociedade civil, como sindicatos, partidos políticos e movimentos proibidos. Como Igreja, encontramo-nos em meio a duas forças opostas. Esta situação oferece à Igreja uma oportunidade única, pois pode servir o governo e os membros da sociedade civil.

O tema deste sínodo nos desafia a conduzir uma vida autenticamente cristã. Neste sentido, a Igreja deve ser um exemplo para os não-crentes e para os outros cristãos. Temos o dever de contribuir para o bem estar da sociedade e de ser um sinal de esperança, diante dos desafios e dificuldades. O povo da Suazilândia forma um grupo homogéneo; temos a mesma cultura e a mesma língua. Podemos, portanto, ser comparados a uma grande família. Logo, somos novamente chamados a viver como uma família. Todas família, mais cedo ou mais tarde, enfrenta problemas e desacordos. Temos que enfrentá-los sincera e honestamente, mas principalmente, num espírito de caridade.








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