2009-10-08 12:49:50

Intervenção de Dom Fulgence RABEMAHAFALY, Arcebispo de Fianarantsoa (MADAGASCAR)


S. E. R. Dom Fulgence RABEMAHAFALY, Arcebispo de Fianarantsoa, Presidente da Conferência Episcopal (MADAGASCAR)



No lar, as crianças têm um papel insubstituível para que os pais possam viver a paz e o perdão. Elas são capazes de destruir tudo a cada momento; mas são também instrumentos de paz que fazem compreender aos pais que não vale a pena usar a violência para uma correcção importante. A violência na família não é tolerável.

Entre irmãos e irmãs, as crianças são instrumentos de paz; a sabedoria ancestral exige que os mais velhos sejam menos intransigentes para com os menores. Ele emendam-se também através da linguagem habitual. Elas aprendem as palavras da paz, dignas e respeitadoras. Os pais são os modelos para o comportamento das crianças e transmitem o espírito da partilha, do amor pelo irmão, da obediência e da reconciliação.

Numa família com algumas crianças, muitos comportamentos são aprendidos facilmente. É diferente de uma família com uma só criança que, de facto, demasiado mimada, comporta-se como um rei, e os pais não ousam mais contrariá-la. A criança tentará ser servida em qualquer lugar, e irá expor-se aos perigos da manipulação e do vício.

Por isso, eu diria que, se nós queremos a paz, devemos aprender a educar bem os nossos filhos na família. A paz na sociedade é a paz vivida em cada casa; o saber viver; o sentido do bem comum, o respeito pelas pessoas idosas; o sentido da partilha, o cuidado com as crianças, a escuta dos pais.

As crianças que não tiveram ocasião de viver numa comunidade familiar importante, não têm mais tarde um suficiente sentido do valor do sacrifício e da obediência. A família, primeira comunidade de vida, portanto é, a maior educadora à paz e, por que, nós, Igreja Família de Deus do nosso século, não o podemos ser?

Os valores importantes na sociedade, entre outros: a justiça, o amor, o respeito recíproco, o perdão e a reconciliação, aprendem-se na família. O problema é que, no mundo de hoje, o direito familiar está constrangido, os países ricos pensam que com o seu dinheiro podem mandar calar o mundo inteiro, os pequenos e os pobres, e que, através da violência, eles ultrajam tudo o que é justiça e reconciliação, para se fazerem servir.

Nós, Igreja, somos chamados a responder de forma objectiva, mais humana e cristã, às súplicas dos nossos compatriotas que padecem a violência, a injustiça e a insegurança social. Nós somos os pais dentro da nossa sociedade. Nós somos mãe, educadora e protectora. Nós devemos estar sempre à altura da nossa tarefa.








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