2009-10-07 16:45:08

Aprender dos nossos erros do passado e renovar o compromisso de cooperar e de sermos globalmente solidários : o Arcebispo Celestino Migliore nas Nações Unidas


(7/10/2009) O Arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, interveio nesta terça feira na 64ª sessão da Organização, em Nova York.
Dom Celestino falou da crise econômica e dos seus efeitos humanos, como a insegurança e a incapacidade de muitas famílias proverem ás suas necessidades mínimas. Para o núncio, devemos aprender dos nossos erros do passado e renovar o compromisso de cooperar e de sermos ‘globalmente solidários’.
O representante da Santa Sé pediu à ONU que se una aos países mais ricos para ajudar aqueles que ficaram ainda mais precários, no seu processo de desenvolvimento. Igualmente, é requerido um maior esforço na construção e na manutenção da paz, alicerces sobre os quais as Nações Unidas foram criadas.
Neste sentido, a próxima Conferência de Copenhaga sobre mudanças climáticas será um teste de habilidade para a comunidade internacional, perante um problema do qual é a causa e sofre as consequências. Indivíduos, companhias e Estados deverão reconhecer a necessidade moral e ética de explorar os recursos do mundo de um modo sustentável. Ao lado desta responsabilidade, está o dever dos Estados e corporações internacionais, que usaram e abusaram dos recursos globais, de assumir a sua quota-parte para resolver o problema.
O arcebispo louvou o recente consenso das grandes potências nucleares em reduzir arsenais nucleares, e a intenção comum de vincular a importação, exportação e transferência de armas convencionais, e relevou o esforço crescente de alguns Estados em tratar esta questão. Em contrapartida, alertou para a insistência de outros países em continuar a gastar quantias desproporcionais em armas nucleares, e neste sentido, pediu controles mais efectivos.
O representante da Santa Sé salientou o envolvimento da sociedade civil ao denunciar violações de direitos humanos e promover o seu respeito, sendo também solidária ao levar esperança e assistência a estes povos.
A corrupção generalizada, as pandemias, a mortalidade materna, a crise, o terrorismo, a insegurança alimentar, as mudanças climáticas e a migração demonstram que num mundo cada vez mais globalizado, as soluções regionais são apenas um factor da equação que resulta em paz e em justiça.
São problemas globais, que clamam uma resposta internacional, e é imperativo que a ONU e outras organizações internacionais olhem ao seu redor e promovam reformas que vençam os desafios deste mundo interligado. Neste sentido, Dom Celestino coloca a sua delegação à disposição para trabalhar juntos, ajudando a criar uma Organização inspirada no direito, na moralidade e na solidariedade com os que mais precisam








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