Roma, 06 out (RV) - A África e seus problemas estão em destaque no Segundo
Congresso Mundial dos Oblatos Beneditinos, em andamento no Salesianum de Roma, sobre
o tema “O desafios religiosos de hoje. A resposta beneditina”.
250 membros,
de 37 países, estão participando do encontro de oração e estudo. “Os enfermos de diversas
pandemias, em especial os doentes de AIDS, os imigrantes, as famílias empobrecidas
e o número crescente de desempregados por causa da crise econômica global são o ‘nosso
próximo’. Os cristãos não podem os ignorar, mas comprometer-se seriamente em resolver
estas chagas segundo a justiça” – foi o que disse o Cardeal Franc Rodé, em uma missa
celebrada na manhã de ontem para os participantes do Congresso beneditino, com o pensamento
dirigido à África.
Citando Bento XVI, o Cardeal esloveno, Prefeito da Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, afirmou
que “o dilema de hoje está entre Cristo e a indiferença, quando reduzimos a vida humana
à simples biologia, dissipando os valores à sombra do ídolo do mercado e do consumismo”.
Para
Mons. Tanya Anan, vice-secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso,
o diálogo inter-religioso, tema do Congresso, deve ser conduzido no respeito das identidades
recíprocas, evitando os riscos do relativismo, do sincretismo e do indiferentismo:
“Deve ser articulado em quatro momentos: diálogo de vida, de ação, de peritos (pois
as religiões não são iguais), e enfim, diálogo das experiências espirituais”.
Um
dos participantes do encontro, Dom Hugo, é o assistente nacional dos Beneditinos,
e confirma que o Sínodo dos bispos africanos está na pauta do Congresso:
As palestras,
mesas-redondas e encontros artístico-espirituais estão voltados ao objetivo de tornar
os Oblatos Beneditinos protagonistas do movimento pela paz, a justiça e a salvação
da criação. Dom Hugo explica como se orientam os debates: (CM)