Cidade do Vaticano, 06 out (RV) – “Hoje o reconhecimento do senhorio de Deus
que marca as culturas africanas, está em perigo por causa de um colonialismo que não
diminui e exporta para a África duas perigosas tendências: de um lado, o materialismo
prático que paira sobre as sociedades ocidentais, e de outro, o fundamentalismo religioso,
que usa o nome divino para esconder intolerância e violência”: é o que escreve o diretor
do jornal L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, no seu editorial de ontem, com
o título “A primazia de Deus”, a propósito dos trabalhos da segunda Assembléia Especial
do Sínodo dos Bispos para a África em andamento no Vaticano.
Após algumas reflexões
sobre a mensagem teológica de Bento XVI, Vian afirma que “mais uma vez o Papa impressionou
retornando ao essencial, isto é, falando de Deus a propósito de um continente esquecido
pelos meios de comunicação internacionais”. “E – prossegue – nos perguntamos quanto
dessa reflexão clara e equilibrada de Bento XVI encontrará espaço na imprensa, que
no seu confronto muitas vezes é responsável por uma representação redutiva ou até
mesmo hostil, como sublinhou diante dos representantes dos episcopados europeus o
presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Ângelo Bagnasco”. (SP)