Lomé, 05 out (RV) - Um encontro fraterno e memorável para a África ocidental:
pela primeira vez, todos os bispos da Suíça, juntos, visitaram um país do continente,
o Togo.
De 22 setembro a 1º de outubro, a Conferência Episcopal do Togo (Cet)
recebeu a visita de seus irmãos suíços na sede de Lomè-Hédzranawoe. A delegação suíça
esteve presidida por Dom Joseph Roduit, abade de St-Maurice d'Agaune e responsável
pelo departamento ‘Missão’.
O programa da troca de visitas dos dois países
e o intercâmbio de experiências pastorais foram os pontos principais deste importante
encontro. Os trabalhos foram dirigidos por Dom Ambroise Kotamba Djoliba, bispo de
Sokodé e presidente da Conferência Episcopal do Togo.
A Suíça, como o Togo,
é um pequeno país, com somente 7,7 milhões de habitantes. Possui seis dioceses e duas
abadias territoriais. Foram os bispos helvéticos a fundar, em 1863, a primeira conferência
episcopal do mundo.
Togo, que se estende em uma superfície de 56.800 km2 e
tem 5,8 milhões de habitantes, e compreende sete dioceses.
Durante o encontro,
os bispos das duas conferências dividiram suas preocupações pastorais, dedicando atenção
especial à necessidade de descobrir uma nova visão da caridade, que deve passar da
‘humilhante esmola’ à compartilha fraterna. Os bispos suíços vêem no Togo uma Igreja
jovem, plena de vitalidade e em crescimento.
Na segunda parte do encontro,
cada bispo suíço visitou uma diocese do país africano, acompanhado por um bispo local.
Os hóspedes puderam descobrir a ‘Igreja-Família de Deus’, que se interessa, com todas
as suas forças e os meios da santidade, da educação dos jovens e da pastoral dos encarcerados.
Segundo o jornal "L'Osservatore romano", a Igreja togolesa é atenta aos pobres, avança
na fé e aceita os desafios atuais do país, além de se empenhar sempre mais nas comissões
de verdade, justiça e reconciliação.
Ainda de acordo com o jornal vaticano,
na Suíça, o envelhecimento da população, a secularização, a perda dos valores cristãos
e o desrespeito à vida constituem os maiores desafios para a Igreja Católica. A defesa
da família e do matrimônio é alvo de atenção especial. Na Confederação Helvética,
o papel dos leigos no exercício da democracia direta está na base de uma nobre consciência
da responsabilidade.
O encontro destes dois episcopados evidenciou não apenas
a amizade fraterna, a colegialidade afetiva e efetiva dos bispos das duas Conferências,
mas também demonstrou a comunhão entre as Igrejas particulares dos dois países. (CM)